 
						Entenda os motivos que levam 1 em cada 4 jovens a desistir do curso5 / Reprodução/Freepik
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Mesmo após anos de programas de acesso ao ensino superior, o Brasil continua distante quando o assunto é investimento em educação. Segundo dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgados na última semana, apenas 24% dos jovens brasileiros de 25 a 34 anos concluíram a graduação. Além disso, um em cada quatro estudantes abandona o curso antes da conclusão.
O dado revela não apenas a dificuldade de permanecer estudando no país, mas também a limitação nos investimentos destinados ao setor. Ainda de acordo com a OCDE, o gasto público por aluno da educação básica no Brasil em 2024 foi de US$ 3.872, o que corresponde a apenas 31% da média dos países desenvolvidos (US$ 12.438). Já no ensino superior, os valores aplicados são semelhantes aos da educação básica, o que é quatro vezes menos que a média internacional.
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A evasão no ensino superior brasileiro é o dobro da média global, o que impacta diretamente o mercado de trabalho. No Brasil, quem conclui a graduação recebe, em média, 148% a mais do que aqueles com apenas o ensino médio — índice muito acima da média da OCDE, de 54%.
Outro desafio é a exclusão juvenil: entre jovens de 18 a 24 anos, quase um quarto (24%) não estuda nem trabalha, proporção bem superior à média internacional de 14%. A desigualdade de gênero também se destaca: 29% das mulheres estão nessa condição, contra 19% dos homens. Ainda assim, as mulheres apresentam maior probabilidade de iniciar o ensino superior.
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Entre os principais obstáculos estão as deficiências na educação básica, especialmente em matemática e leitura, que dificulta a ingressão em universidades públicas e na permanencia no curso.
O fator financeiro também é muitoc citado já que muitos jovens precisam trabalhar e não têm apoio para se dedicar aos estudos, assim a rotina de trabalho acaba levando os alunos a abrirem mão do ensino superior.
Outro fator é a baixa perspectiva de retorno financeiro, sobretudo em instituições de menor qualidade, que também desestimula a permanência. Em alguns casos, a evasão ocorre por desânimo de estudantes que ingressam em cursos pouco alinhados aos seus interesses ou às demandas do mercado de trabalho.
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Segundo pesquisa, 24% dos jovens de 18 a 24 anos no Brasil não estudavam nem trabalhavam no ano de 2024, um contraste com 14% da média da OCDE. Nos países desenvolvidos, o investimento é maior na formação técnica durante o ensino médio: na Finlândia, 68% dos alunos fazem curso técnico, enquanto na Alemanha são 49%. No Brasil, essa taxa não passa de 10%, evidenciando a lacuna entre educação e empregabilidade.
Segundo o “Jornal da Vida”, da Rede Vida, os gastos com os sites de apostas são responsáveis por adiar o sonho da graduação para 34% dos jovens. Assista no vídeo abaixo:
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