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Com objetivo de ampliar o conhecimento sobre o Autismo, que afeta milhões de pessoas no Brasil e também orientar pais e educadores, a Associação de Pais e Amigos dos Autistas do Guarujá (Apaag) realizou, na última quinta-feira (12), no auditório da Unaerp, a palestra com o médico neuropediatra José Salomão Schartzman. O encontrou reuniu mais de 300 pessoas e lotou o auditório da universidade.
“O autismo é uma condição de origem neurológica e tem como característica comportamentos muito peculiares, que tem um diagnóstico, basicamente, comportamental. Não é uma doença. É um espectro de doenças extremamente variável e com múltiplas causas”, afirmou o médico, que tem restrições à inclusão, em escolas comuns, dos portadores de autismo e outras deficiências.
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Segundo ele as leis brasileiras não tipificam de que tipo de deficiência está se falando. “Este é o grande problema. É preciso se definir o grau de comprometimento antes de se definir políticas públicas educacionais, o que vale para um, não vale, necessariamente, para outro. Este cuidado habitualmente as pessoas não tem”, concluiu Schartzman.
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O autista parece não aprender os códigos que regem a comunicação humana. Alheios à presença de outros, se encerram em um universo próprio e inatingível para todos que a cercam, apresentando padrões restritos e repetitivos de comportamento. A dificuldade do autista varia em grau e intensidade e o comprometimento pode ser muito grave e estar associado à deficiência mental, ou tão leve que o portador pode levar uma vida próxima do normal, ou normal. Também existem indivíduos com a Síndrome de Asperger, que são autistas com a linguagem e o intelecto preservados.
O autismo tem origem genética, mas fatores ambientais também são determinantes para o surgimento do transtorno de desenvolvimento e, apesar de não ter cura, quanto antes for diagnosticado melhor.
A entidade – A Apaag é uma entidade de suma importância para o atendimento adequado para os autistas no Guarujá. Os atendidos participam da entidade permanentemente, pois mesmo após deixarem de frequentar algum tratamento clínico, quando não há mais a necessidade devido ao êxito no desenvolvimento, eles permanecem nas oficinas. Há a preocupação por parte da Associação que o autista não tenha um período ocioso em casa, participando assim continuamente do serviço oferecido.
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A entidade recebeu recentemente da Prefeitura e do Fundo Social do Estado, três máquinas (bordadeira, flocagem e transfer) para confecção de camisetas, produzidas com desenhos dos alunos da Apaag, além de 200 molduras de madeira, 20 latas de tinta, flocos, espátulas, pincéis, entre outros utensílios. A renda dos produtos será dividida entre a entidade e os alunos.
A instituição recebe a ajuda de voluntários com doações de material escolar para as oficinas, material de manutenção e material para os eventos que promovem, como jantares. Além de receber subvenção da Prefeitura, a Associação também tem como parceira a Petrobras.
A Apaag é presidida por Silene Cavalcanti Duo e está localizada na Rua Álvaro Nunes da Silva, 110, no Jardim Conceiçãozinha. Para informações e doações, o telefone de contato é 3383-1179 e 3355-4717.
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