Continua depois da publicidade
A construção de um experimento científico pode ser mais simples do que se imagina, principalmente se o trabalho for desenvolvido por crianças do Ensino Fundamental I. Em Guarujá, a Escola Municipal Paulo Freire, na comunidade Santa Clara, realizou a segunda edição da Feira de Ciências, unindo a programação de aulas com experimentos práticos e a participação do Caminhão Feira do Peixe, na última sexta-feira (13).
Com o tema “Educação Ambiental, um mar de responsabilidade”, a ação fortaleceu laços entre alunos e educadores, instigando a exploração de novos conteúdos. Os resultados são imensuráveis e perceptíveis, como explica a diretora da unidade, Neide Aparecida Jorge dos Santos. “A feira oportunizou que todos os alunos vivenciassem uma experiência prática dentro da escola”. A atividade foi realizada em parceria com as Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Portuário e Desenvolvimento e Assistência Social.
Continua depois da publicidade
Entre os pontos positivos apontados pela diretora, está a participação ativa dos alunos. “Você motiva os alunos e os instiga a vir para escola à procura de novos conhecimentos, conteúdo”, explica. Além disso, os estudantes também aprendem a trabalhar em equipe e de forma disciplinada. A feira foi idealizada após atividades na praia e no aquário. “A adesão era alta, e eles não se importavam se chovia ou não. Eles queriam participar”.
Continua depois da publicidade
A animação é facilmente demonstrada pelas crianças. “Foi muito diferente”, comenta a aluna do 3º ano, Rafaella Luize Pereira, sobre o seu trabalho com os cinco sentidos. “A gente teve aula de outro jeito e foi até mais divertido”, completa. A professora da turma, Santhusa de Almeida Pacheco Araujo, revela que o trabalho inovador foi bem aceito pela classe. “Os alunos se sentem motivados com atividades diferentes, o desempenho sempre melhora. É uma ótima consequência”.
E não é apenas a participação dos alunos que aumenta. A integração com os pais e responsáveis dos estudantes, assim como a comunidade local, é crescente. A estudante Lisa Nívea Santos Andrade, também do 3º ano, anda pelos experimentos com a companhia de seu pai. “É um jeito legal de aprender! E o mais legal é que todo mundo participa, inclusive quem não estuda aqui”, disse a estudante.
Caminhão Feira do Peixe e uma experiência deliciosa
Continua depois da publicidade
Unir diferentes disciplinas parece ser um bicho de sete cabeças para os alunos, mas a professora Mônica Bartolotto simplificou a ação com apenas uma receita. O pirão do peixe azul marinho, oferecido aos visitantes da feira, oportunizou o estudo do conteúdo histórico da receita, além de estudar Matemática e Biologia, por exemplo.
“A gente trabalha com uma alternativa que afeta diretamente a vida do aluno e seus familiares”, explica Mônica. A ideia foi familiarizar o prato no cardápio das crianças. “Foi uma forma de apresentar a imagem dos peixes comestíveis e tirar aquele estigma que o desenho animado cria”. Os alunos também passaram por oficinas de origami e pintura.
Reciclagem de hábitos
Continua depois da publicidade
Uma participação que apresentou novas perspectivas com as obras-primas do mar foi a Cooperativa Pérolas do Guarujá (Coopeg), que apresentou o seu trabalho com o couro do peixe. “A participação da Ecopeixe (artigos em couro de peixe desenvolvidos pela cooperativa) apresenta às crianças o resultado do reaproveitamento e que isso pode se tornar uma realidade na vida deles”, explica o biólogo Diogo Borges.
A Coopeg comercializa produtos como bolsas, chinelos, artigos para decoração, revestimentos, entre outros, feitos com o couro do peixe. A Cooperativa fica na Avenida Adhemar de Barros, 571 – Santo Antônio. Outras informações podem ser obtidas no site www.perolasdoguaruja.com.br.
Continua depois da publicidade