Nacional

Deputado propõe multa para quem levar bebê reborn a hospitais

O projeto proíbe expressamente o uso de qualquer serviço público para atendimento a objetos inanimados, como as bonecas reborn

Luna Almeida

Publicado em 14/05/2025 às 20:55

Atualizado em 14/05/2025 às 20:57

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

A proposta é de autoria do deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL) / Reprodução

Continua depois da publicidade

Um projeto de lei protocolado em Minas Gerais tem causado repercussão ao propor penalidades para quem buscar atendimento médico usando bonecas reborn. A medida foi motivada por um caso recente em que uma jovem de 17 anos levou seu boneco a um hospital alegando que ele estaria com febre. 

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O episódio chamou a atenção nas redes sociais e levantou questionamentos sobre o uso de recursos públicos em situações desse tipo.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Advogada relata briga na Justiça por guarda de bebê reborn; VÍDEO

• Padre famoso nas redes sociais critica mulheres que tratam bebês reborn como filhos

• Sem comprovação, uso de bebês reborn no luto gera alerta de especialistas

A proposta é de autoria do deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL) e prevê multa equivalente a dez vezes o valor do serviço de saúde utilizado. 

O projeto proíbe expressamente o uso de qualquer serviço público para atendimento a objetos inanimados, como as bonecas reborn, e estabelece que o dinheiro arrecadado com as multas seja destinado ao tratamento de pessoas com transtornos mentais.

Continua depois da publicidade

O texto classifica como objeto inanimado qualquer item que não tenha ou nunca tenha tido vida. 

Na justificativa, o parlamentar manifesta preocupação com o que considera um uso distorcido dos serviços públicos e menciona até disputas judiciais envolvendo a guarda desses bonecos em casos de separação.

Sucesso dos bebês reborn ultrapassa redes sociais

As bonecas reborn, que imitam bebês reais com impressionante nível de realismo, se tornaram um fenômeno popular, principalmente nas redes sociais. O caso da adolescente que levou seu boneco ao hospital não foi isolado. 

Continua depois da publicidade

Em outra situação, uma advogada relatou ter sido procurada por uma cliente que desejava formalizar judicialmente a guarda da boneca que havia “adotado” com o companheiro.

A mulher, segundo o relato, tinha forte apego emocional ao boneco e buscava dividir os custos da criação com o ex-parceiro, já que havia arcado sozinha com todas as despesas. 

Esses episódios mostram como o vínculo afetivo com os bonecos tem ultrapassado o universo da brincadeira e atingido esferas legais e de saúde.

Continua depois da publicidade

No entanto, de acordo com especialistas, o uso de bebês reborn de forma terapêutica não possui qualquer comprovação científica.

Recentemente, o Padre Patrick Fernandes, famoso na internet, criticou mulheres que tratam bebês reborn como filhos.

O crescimento do interesse pelos bebês reborn levanta discussões sobre saúde mental, fantasia e os limites do uso de serviços públicos em situações que envolvem forte carga emocional, mas não dizem respeito à vida real.

Continua depois da publicidade

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software