Brasil pode lucrar até US$ 300 bilhões com o mercado de carbono até 2050 / Foto: Isabela Castilho/ COP30 Brasil Amazônia
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Os créditos de carbono podem gerar US$ 100 bilhões ao Brasil até 2030, segundo estudo da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil). O valor pode chegar a US$ 300 bilhões até 2050, caso o país amplie sua participação no mercado global. Mas afinal, o que são esses créditos?
Apesar de parecer algo saído de um filme de ficção científica, os créditos de carbono funcionam como uma “moeda ambiental”, usada entre países e empresas que buscam compensar ou reduzir emissões de gases do efeito estufa.
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Cada crédito representa uma tonelada de dióxido de carbono (CO) que deixou de ser lançada na atmosfera. Quando um país ou empresa consegue reduzir suas emissões, ele recebe um certificado emitido pelo Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado no âmbito do Protocolo de Kyoto.
No Brasil, o Decreto nº 5.882/2006 regulamenta o mercado de carbono. A negociação ocorre, principalmente, por meio da venda de créditos entre países ou empresas, permitindo que aqueles que ultrapassaram suas metas de emissão compensem o excesso adquirindo créditos de quem conseguiu reduzir o CO.
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Essas transações estimulam projetos sustentáveis, como reflorestamento, energia renovável e tecnologias limpas, criando um ciclo econômico voltado à preservação ambiental.
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De acordo com o MDL, os projetos podem ser desenvolvidos em três modalidades principais:
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Unilateral – ocorre quando um país em desenvolvimento cria e executa o projeto em seu próprio território. Os créditos gerados pertencem ao país de origem, que define o valor de venda.
Bilateral – envolve a execução de projetos em um país em desenvolvimento, financiados por um país industrializado. Nesse caso, os créditos são emitidos para quem implementou o projeto, e os valores são definidos pelo país investidor.
Multilateral – refere-se a projetos financiados e administrados por fundos internacionais, que determinam os valores dos créditos de carbono no mercado global.
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Assim como outras moedas, o valor do crédito de carbono varia de acordo com fatores econômicos, mercadológicos e ambientais de cada país, refletindo a dinâmica global da sustentabilidade e o avanço das políticas climáticas.