Com a mudança, todos os brasileiros que possuem CPF terão automaticamente um registro ativo no SUS / João Risi/MS
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O Cadastro de Pessoa Física (CPF) passará a ser a chave única de identificação dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida, anunciada nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Saúde, pretende eliminar cadastros duplicados, reduzir fraudes e permitir que cada cidadão tenha um histórico de saúde unificado, acessível em qualquer unidade do país.
Com a mudança, todos os brasileiros que possuem CPF terão automaticamente um registro ativo no SUS, dispensando a necessidade de cadastro presencial em postos de saúde. A atualização será feita de forma integrada às bases de dados do governo.
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Já os cadastros antigos, sem vínculo com o CPF, serão gradualmente desativados até abril de 2026, totalizando 111 milhões de registros inativados. Desde julho, 54 milhões já foram suspensos.
A identificação do paciente, antes realizada pelo cartão SUS, agora será feita exclusivamente pelo CPF. Quando o documento não estiver disponível, será gerado um cadastro temporário, válido por até um ano, para garantir o atendimento emergencial.
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Populações que não possuem CPF, como indígenas, ribeirinhos e estrangeiros, continuarão registradas pelo Cartão Nacional de Saúde (CNS), mas de forma complementar.
O processo também prevê integração com outras bases oficiais, como IBGE e CadÚnico, permitindo cruzamento seguro de informações e maior controle sobre gastos públicos.
O Ministério da Saúde aponta que a unificação vai simplificar o acesso aos serviços e facilitar o acompanhamento de programas de saúde.
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O aplicativo Meu SUS Digital será a principal ferramenta para o cidadão, reunindo em um só lugar dados sobre histórico de consultas, exames, carteira de vacinação, doações de sangue, uso de medicamentos e posição na fila de transplantes.
Segundo a pasta, a mudança ainda reforça a transparência, melhora a precisão das estatísticas e evita desperdícios, além de trazer mais segurança à gestão das políticas públicas.
Acompanhando as mudanças no SUS, agora os Planos de Saúde também atenderão pacientes do SUS.
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Atualmente, 87% das Unidades Básicas de Saúde utilizam prontuário eletrônico. A transição para o uso obrigatório do CPF exigirá adequações em 41 sistemas nacionais de informação em saúde, como os de nascidos vivos (SINASC), mortalidade (SIM), câncer (SISCAN), transplantes (SNT) e imunizações (SIPNI). A meta é concluir a integração até dezembro de 2026.