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Entre os destaques do dia está o fortalecimento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) iniciativa baseada no princípio de que 'a floresta vale mais em pé'
Belém, pela primeira vez sede da conferência, vive dias que podem redefinir políticas ambientais globais para a década, consolidando a Amazônia como protagonista na agenda climática internacional / Tânia Rego/Agência Brasil
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A segunda-feira (17) marcou um dia decisivo na COP30, em Belém. A Conferência do Clima entrou oficialmente em sua fase de execução, com anúncios concretos, renovação de compromissos financeiros e avanços em políticas voltadas à preservação florestal, povos indígenas e adaptação climática.
Entre os destaques do dia está o fortalecimento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF) — iniciativa baseada no princípio de que 'a floresta vale mais em pé'.
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O fundo avança como ferramenta internacional para financiar a proteção de florestas tropicais, garantindo que comunidades indígenas e populações locais tenham acesso direto aos recursos.
Governos da Colômbia, Reino Unido, Noruega e China apresentaram mecanismos específicos para ampliar e agilizar as doações ao fundo, reforçando a urgência da pauta em meio a recordes globais de desmatamento e degradação ambiental.
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Dois grandes compromissos estruturantes também foram reafirmados na conferência.
Originado na COP26, em 2021, o compromisso global com Povos Indígenas e Comunidades Locais celebrou a entrega de resultados e ganhou fôlego renovado.
Mais de 30 doadores e governos confirmaram a extensão do apoio financeiro, que poderá chegar a US$ 2 bilhões pelos próximos cinco anos.
Em um movimento histórico, 14 países — incluindo Brasil, Noruega e Peru — reafirmaram o compromisso de reconhecer oficialmente a posse da terra em 160 milhões de hectares ao longo da próxima meia década.
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A regularização fundiária é considerada um pilar essencial para reduzir conflitos, garantir proteção de territórios tradicionais e cumprir metas climáticas.
A terça-feira (18) será marcada por eventos classificados como 'de Alto Nível', aqueles em que representantes máximos dos países — ministros, chefes de Estado e vice-presidentes — tomam decisões políticas finais.
O encontro deve tratar de conservação marinha, economia azul e estratégias conjuntas para enfrentar o avanço da poluição e da acidificação dos mares.
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Com o agravamento das crises climáticas, a adaptação passou a ocupar lugar estratégico. As discussões incluem financiamento, infraestrutura resiliente, gestão de riscos e proteção de populações vulneráveis.
Com decisões concretas e compromissos de longo prazo, a COP30 se distancia do discurso e avança para ações estruturadas — especialmente na proteção de florestas tropicais, reconhecimento de territórios indígenas e fortalecimento da justiça climática.
Belém, pela primeira vez sede da conferência, vive dias que podem redefinir políticas ambientais globais para a década, consolidando a Amazônia como protagonista na agenda climática internacional.
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