Nacional
Área reunirá exposições, shows, oficinas e debates sobre soluções climáticas; evento reforça o protagonismo do Brasil na agenda ambiental global
A Zona Verde da COP30 será um dos maiores espaços públicos já estruturados para uma conferência climática no Brasil / Rafael Medelima | COP30
Continua depois da publicidade
A 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, marcada para 2025, terá como epicentro o Parque da Cidade, em Belém (PA), um dos principais legados que o evento deixará para a capital paraense.
O local será dividido em duas áreas: a Zona Azul, destinada às negociações oficiais entre países, e a Zona Verde (Green Zone), um grande espaço aberto ao público voltado ao diálogo entre sociedade civil, empresas, instituições e governos sobre o futuro sustentável do planeta.
Continua depois da publicidade
Diferente da Zona Azul, restrita às delegações oficiais e observadores credenciados da ONU, a Zona Verde será totalmente aberta e gratuita, sem necessidade de inscrição prévia, nem mesmo para a imprensa.
O espaço será administrado pelo governo federal e tem como proposta aproximar a COP da população, reunindo organizações sociais, universidades, empresas, comunidades tradicionais, povos indígenas, artistas e jovens em um ambiente de convivência, aprendizado e troca de experiências.
Continua depois da publicidade
'Enquanto a Zona Azul é o espaço das negociações entre os Estados, a ideia da Green Zone é permitir que quem não faz parte dessas tratativas também possa participar, interagir e usufruir da experiência que a conferência proporciona', explicou Pedro Pontual, secretário-adjunto da Casa Civil e facilitador do Processo de Segurança Pública da COP30.
Segundo ele, o acesso será livre, mas com segurança reforçada. 'Teremos controle de acesso com detector de metais e inspeção por raio-X. Isso garante tranquilidade e evita a burocracia de um credenciamento prévio', completou.
A Zona Verde da COP30 será um dos maiores espaços públicos já estruturados para uma conferência climática no Brasil. O ambiente contará com exposições interativas, painéis temáticos, oficinas, shows, instalações imersivas e apresentações culturais, abordando temas como sustentabilidade, inovação, biodiversidade, financiamento climático e juventude.
Continua depois da publicidade
Além disso, hubs temáticos serão criados para conectar o público a tecnologias limpas, startups, pesquisas científicas e iniciativas amazônicas, estimulando a colaboração entre diferentes setores e países.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o espaço terá metas específicas:
Reforçar o protagonismo brasileiro na agenda climática global, com a presença de ministérios, governos locais, parlamento e sistema de justiça;
Continua depois da publicidade
Valorizar a ciência amazônica e o conhecimento dos povos indígenas e comunidades tradicionais;
Divulgar soluções climáticas do setor privado, com foco em inovação e sustentabilidade;
Garantir a participação da sociedade civil, incluindo movimentos e organizações sem status oficial na ONU;
Continua depois da publicidade
Engajar a população de Belém, conectando o território amazônico à agenda ambiental mundial.
A Zona Verde também será um espaço de lazer e turismo sustentável. Aberto ao público antes da conferência, o Parque da Cidade recebeu mais de 700 mil visitantes entre junho e agosto, período em que funcionou com atividades esportivas e culturais gratuitas.
Durante a COP30, o local abrigará estruturas temporárias, mas será reaberto ao público após o evento, consolidando-se como um novo ponto turístico e de convivência da capital paraense.
Continua depois da publicidade
Com a COP30, Belém se tornará o epicentro da discussão climática global, recebendo líderes, cientistas e representantes da sociedade de todo o mundo. Mais do que um evento, a conferência promete deixar um legado permanente de infraestrutura, inclusão e consciência ambiental.
'A Zona Verde representa o espírito da Amazônia: um espaço aberto, diverso e pulsante, onde o diálogo entre povos, ciência e inovação se transforma em ação pelo clima', destaca nota do Ministério do Meio Ambiente.