Nacional

Com aumento de 250%, estudo alerta para epidemia de picadas de escorpião

Esses números revelam uma epidemia silenciosa, consequência da rápida proliferação desses aracnídeos nas cidades

Ana Clara Durazzo

Publicado em 10/05/2025 às 12:45

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A espécie considerada mais perigosa no país é a Tityus serrulatus, o escorpião amarelo / Divulgação/Ministério da Saúde

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Nesta quinta-feira (8), um estudo publicado na revista Frontiers in Public Health apontou que as picadas de escorpião no Brasil aumentaram 250% em menos de uma década.

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Esses números revelam uma epidemia silenciosa, consequência da rápida proliferação desses aracnídeos nas cidades. 

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Sudeste

A espécie considerada mais perigosa no país é a Tityus serrulatus, o escorpião amarelo.

Entre 2014 e 2023, mais de 49% dos casos no Sudeste foram desse animal. O escorpião tem capacidade de reprodução sem necessidade de acasalamento e adaptação ao ambiente urbano.

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O Sudeste lidera com mais de 580 mil casos entre 2014 e 2023.  Em seguida vem o Nordeste com 439 mil casos.

Porém, segundo o estudo, todas as regiões do país devem seguir com alta de casos de escorpionismo.Com destaque para o Sudeste, onde são esperados 2 milhões de casos.

Esses aracnídeos vivem na rede de esgoto e podem invadir residências pelo encanamentos. O artigo afirma que a real dimensão do problema é muito maior do que as estatísticas registradas.

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Uma estratégia complementar e ecologicamente amigável para proteger a casa é a criação de uma barreira de plantas. Pensando nisso, o Diário explora como criar uma barreira de plantas para proteger a casa de escorpiões.

Pesquisadores da USP, com base em levantamento de dados de pesquisas recentes, projetam uma possível crise de saúde pública nos próximos anos.

Entre 2014 a 2023, os casos aumentaram em mais de 250% com 1.171.846 casos notificados. As projeções indicam um aumento contínuo, com estimativa de 2.095,146 casos até 2033.

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Mundo

O aumento do número de picadas de escorpiões não é exclusivo do Brasil. Nas últimas décadas, o Paraguai, a Bolívia, Guianas e Venezuela registraram aumentos expressivos nos casos.

O norte da África, Oriente Médio, sul da Índia, México e América Latina também tiveram avanço no escorpianismo.

Tratamento

A picada de escorpião exige atendimento médico imediato, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidade,

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Porém o acesso ao soro antiescorpiônico ainda é limitado, estando centralizado em uma unidade por cidade, e não disponível em unidades privadas.  Além disso, o soro é menos eficaz após a toxina atingir os alvos no organismo.

Apesar da espécie do escorpião amarelo ser extremamente perigosa, outras espécies também estão atuando em diferentes regiões. Isso gera outro desafio, visto que o soro disponível atualmente é desenvolvido com base apenas na peçonha de Tityus serrulatus.

Como evitar em casa:

-Mantenha o lixo bem acondicionado para evitar a proliferação de insetos, que servem de alimento para escorpiões

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- Deixe o quintal e o jardim limpos, sem acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e materiais de construção

-Evite que folhagens densas, como trepadeiras, arbustos ou plantas ornamentais, encostem em paredes e muros

-Vede bem as portas com soleiras ou saquinhos de areia 

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-Use telas nas janelas

- Mantenha os rodapés íntegros e pregados na parede

- Vede todos os ralos com tapete de borracha ou use os modelos de abre e fecha

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-Não deixe roupas sujas ou molhadas no chão

- Ao colocar um sapato, chacoalhe antes para evitar surpresas

-Não deixe camas e móveis encostados na parede

- Não deixe roupas de cama e mosquiteiros encostadas no chão

-Mantenha todos os buracos nas paredes, como espelhos de tomadas, cabos e caixas de luz fechados

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