Ao mesmo tempo, 12 capitais registraram aumento / Divulgação/Geraldo Bubniak/AEN
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O custo da cesta básica de alimentos caiu em 15 das 27 capitais brasileiras em julho, segundo análise mensal divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A redução foi influenciada principalmente pela queda nos preços do arroz, carne bovina, açúcar e feijão.
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Ao mesmo tempo, 12 capitais registraram aumento, evidenciando desigualdades regionais no impacto dos alimentos sobre o orçamento das famílias.
São Paulo apareceu como a cidade com maior custo da cesta (R$ 865,90), seguida por Florianópolis (R$ 844,89), Porto Alegre (R$ 830,41), Rio de Janeiro (R$ 823,59) e Cuiabá (R$ 813,48).
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Já os menores valores foram encontrados em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74), Salvador (R$ 635,08) e Porto Velho (R$ 636,69).
A novidade é que a pesquisa, tradicionalmente feita em 17 capitais, passou a cobrir todas as unidades da federação com a entrada de 10 novas cidades, incluindo Boa Vista, Macapá, Manaus, São Luís e Teresina.
Para especialistas, a inclusão representa uma reparação histórica, já que regiões como Norte e Nordeste não possuíam monitoramento regular dos alimentos que compõem a cesta.
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A ampliação também fortalece a formulação de políticas públicas, ao oferecer dados atualizados sobre preços e variações de mercado.
Além de revelar os custos, o estudo serve como base para calcular indicadores como o salário mínimo necessário e as horas de trabalho exigidas para a compra da cesta.
O governo federal e entidades de defesa dos consumidores destacaram a relevância do levantamento, ressaltando que a qualidade das informações colabora para a transparência e para a participação social.
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Outro ponto de destaque é a preparação para a implementação de uma nova cesta básica nacional.
O decreto que atualiza sua composição deve entrar em vigor ainda em 2024 e ampliará os produtos monitorados, passando de 12 ou 13 itens para 35, incluindo alimentos ultraprocessados para fins de comparação.
A mudança é resultado de reivindicações antigas de movimentos sociais, que defendem uma alimentação saudável, diversificada e com preços justos.
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O contrato da parceria entre Conab e Dieese prevê investimento inicial de R$ 2,5 milhões, com validade até março de 2026, podendo ser prorrogado. A expectativa é que a atualização do estudo torne mais robusta a análise sobre abastecimento e consumo de alimentos no Brasil.
Com mais de 30 anos de experiência na coleta de preços agropecuários, a Conab soma agora sua base de dados ao trabalho quase setentário do Dieese no acompanhamento da cesta básica, consolidando um esforço nacional para garantir informação de qualidade sobre o custo da alimentação.