A medida pode reduzir ainda mais o preço de veículos como o Fiat Mobi e o Renault Kwid, atualmente os mais baratos do mercado nacional / Divulgação/Renault
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O governo federal deve anunciar nos próximos dias a regulamentação do IPI Verde, novo modelo de tributação voltado ao setor automotivo que prevê benefícios fiscais para veículos menos poluentes e penalidades para os mais emissores. A proposta visa incentivar a produção e comercialização de modelos mais limpos e eficientes no Brasil.
Paralelamente, será lançado o programa Carro Sustentável, que promete zerar o IPI de modelos populares fabricados no país, desde que atendam a critérios de emissão de poluentes e eficiência energética. A medida pode reduzir ainda mais o preço de veículos como o Fiat Mobi e o Renault Kwid, atualmente os mais baratos do mercado nacional.
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Apesar do apelo entre consumidores e parte da indústria, o pacote não conta com apoio unânime do setor automotivo. Algumas montadoras não possuem modelos que se enquadram nas exigências ambientais e técnicas do novo programa, o que pode gerar desequilíbrios competitivos, especialmente se houver aumento do IPI para veículos mais poluentes como forma de compensar a renúncia fiscal.
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Fontes ligadas à Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) afirmam que a minuta do projeto já está finalizada e aguarda apenas a aprovação do Ministério da Fazenda.
A maior resistência vem justamente do ministro Fernando Haddad, que manifesta preocupação com os impactos da medida na arrecadação federal. Ainda assim, interlocutores do governo destacam que o aumento da demanda no setor pode gerar crescimento em outros tributos, compensando parte das perdas previstas com a isenção.