Brasil
Premiado com Melhor Ator e Melhor Direção, filme brasileiro emociona e reforça a força do cinema nacional em cenário político e artístico
Longa-metragem é um thriller político ambientado em 1977 durante o regime militar no Brasil / Divulgação
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O cinema brasileiro viveu um momento de glória neste sábado (24), durante o encerramento do Festival de Cannes, na França. O filme O Agente Secreto, do diretor Kleber Mendonça Filho, conquistou duas importantes estatuetas: Wagner Moura foi eleito o Melhor Ator e Mendonça levou o prêmio de Melhor Direção.
O longa-metragem, um thriller político ambientado em 1977 durante o regime militar no Brasil, acompanha a história de Marcelo (interpretado por Moura), um cientista que retorna a Recife, sua cidade natal, e se vê perseguido por agentes da repressão. A obra tem sido amplamente elogiada por veículos internacionais como Variety e BBC, que destacaram a força do roteiro, a direção precisa e a performance marcante de Moura.
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Antes mesmo da cerimônia oficial de premiação — que teve início às 13h40 no horário de Brasília — O Agente Secreto já havia sido reconhecido com dois prêmios paralelos: o de Melhor Filme pelo júri da Fipresci (Federação Internacional da Imprensa Cinematográfica) e o Prix des Cinémas Art et Essai, concedido pela Associação Francesa de Cinemas de Arte e Ensaio.
Na estreia no festival, no último domingo (18), o filme foi ovacionado com uma longa salva de palmas, emocionando a equipe presente na sessão.
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Apesar de também estar entre os favoritos ao principal prêmio do festival, a Palma de Ouro, o longa brasileiro não levou a honraria máxima, que ficou com Un Simple Accident, do cineasta iraniano Jafar Panahi. Ainda assim, a noite foi de celebração para o Brasil, que reafirma sua presença no cenário cinematográfico internacional com uma obra contundente e politicamente relevante.