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Tem 'gatonet'? Mais de 6 milhões afetados por bloqueio de IPTV pirata; veja lista

Operação internacional fecha 558 serviços ilegais e atinge usuários que pagavam por aplicativos clandestinos sem qualquer garantia

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 03/12/2025 às 15:03

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As plataformas desativadas atendiam mais de 6,2 milhões de assinantes / Divulgação/Anatel

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Uma ação coordenada entre Brasil e Argentina resultou no derrubamento de 558 serviços ilegais de streaming desde quinta-feira (27), marcando um dos maiores golpes contra a pirataria audiovisual na América Latina.

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As plataformas desativadas atendiam mais de 6,2 milhões de assinantes, sendo 4,6 milhões apenas no Brasil, segundo a Alianza — entidade que reúne empresas de combate à pirataria.

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Na Argentina, a mais recente fase da operação, realizada no domingo (30), derrubou 22 aplicativos — incluindo BTV e Red Play — ampliando um processo iniciado em novembro, responsável por outros 14 bloqueios anteriores, com destaque para My Family Cinema e TV Express.

Já no Brasil, a Operação 404, conduzida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, bloqueou 535 sites e um aplicativo só nesta última etapa, além de remover conteúdos ilegais de buscadores e redes sociais. Desde 2019, a ofensiva já derrubou mais de 3 mil plataformas piratas.

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A ação envolveu as Polícias Civis de 15 estados, a Anatel, a Ancine e autoridades internacionais de Argentina, Equador, Peru e Reino Unido.

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Como funcionava o esquema

As investigações apontam que muitos usuários acessavam conteúdo ilegal por meio de TV boxes — aparelhos que transformam TVs comuns em centrais de streaming.

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Embora esses dispositivos possam ser usados legalmente, o funcionamento depende de homologação da Anatel. Equipamentos irregulares podem dar acesso a plataformas piratas e expor o consumidor a riscos de segurança digital.

Na Argentina, a operação revelou um esquema que movimentava mais de US$ 150 milhões por ano (R$ 800 milhões).

Um dos endereços investigados funcionava como empresa formal: possuía RH, cerca de 100 funcionários e operação voltada para clientes do Brasil, México, Equador e África do Sul.

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Já o suporte técnico das transmissões estava hospedado na China, dificultando o rastreamento completo do sistema.

Usuários dos serviços bloqueados, inclusive pagantes, recorreram a sites como ReclameAqui após a queda das plataformas. O Procon-SP relembrou que assinaturas de serviços ilegais não geram direito à reembolso ou proteção legal.

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Plataformas derrubadas

Veja todos os serviços bloqueados na ação mais recente:

ALA TV • Bex TV • Blue TV • Boto TV • Break TV • BTV App • BTV Live • Cinefly • Duna TV • Eppi Cinema • Football Zone • Hot • Humo Cinema • Jovi TV • Lumo TV • Mega TV • MIX • My Family Cinema • Nava TV • Nossa TV • ONPix • PLUSTV • Pulse TV • Red Box • Red Play Live • Ritmo TV • Samba TV • Super TV Premium • TV Express • Vela Cinema • Venga TV • Vexel Cinema • Waka TV • WEIV • WeivTV – Nova • Yoom Cinema

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