O ministro Alexandre de Moraes é o relator no STF do inquérito que apura atos antidemocráticos por parte de apoiadores do presidente / José Cruz/Agência Brasil
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes determinou nesta terça-feira (16) a quebra do sigilo bancário de dez deputados federais e um senador da República. Moraes é relator do inquérito que apura atos antidemocráticos por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Os deputados são Daniel da Silveira (PSL-RJ), alvo de mandado de busca e apreensão na manhã de terça, Cabo Junio de Amaral (PSL-MG), Carla Zambelli (PSL-SP), investigada também no inquérito das fake news, Caroline de Toni (PSL-SC), Alê Silva (PSL-MG), Bia Kicis (PSL-DF), General Girão (PSL-RN), Guida Peixoto (PSL-SP), Aline Sleutjes (PSL-PR) e Otoni de Paula (PSC-RJ). O senador Arolde de Oliveira (PSC-RJ) completa a lista.
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Na manhã desta terça-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão solicitados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e determinados por Moraes. As medidas, que atingem aliados de Bolsonaro, têm o objetivo de instruir o inquérito que investiga a origem de recursos e a estrutura de financiamento de grupos suspeitos da prática de atos antidemocráticos.
Uma linha de apuração neste inquérito, segundo a PGR, busca esclarecer se os investigados se articularam com parlamentares e outras autoridades com prerrogativa de foro no STF "para financiar e promover atos que se enquadram em práticas tipificadas como crime pela Lei de Segurança Nacional (7.170/1983)".
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Entre os alvos estão um advogado e um marqueteiro ligados à Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta criar desde sua saída do PSL, no final do ano passado, e o blogueiro Allan dos Santos.
No total foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Santa Catarina e no Distrito Federal. (com Folhapress)