Os assaltos, denunciados constantemente, agora estão se somando à invasão dos trens sem que os maquinistas possam fazer nada / Divulgação
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O Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários da Zona Sorocabana paralisou, na manhã de quarta-feira (26/07), a operação da Rumo na Baixada Santista, afetando a circulação de trens tanto na subida quanto na descida ao Porto de Santos. A normalização do trecho que leva à região portuária só aconteceu após a empresa agendar reunião de urgência para o próximo dia 31/7. O Sindicato exigiu o encontro com a empresa para tratar dos planos efetivos para melhorar a segurança dos Ferroviários – que têm sofrido com assaltos, vandalismo nos trens e, agora, invasão das locomotivas.
"Nós já tentamos o diálogo com a Rumo de diversas formas e durante bastante tempo. A Rumo, no entanto, tem apresentado soluções que ainda precisam ter resultado efetivo. Os ferroviários têm passado por situações extremas de insegurança, com pouco respaldo da empresa ou do governo estadual. Viemos batalhar para sermos ouvidos e chegarmos a uma solução que proteja a vida dos trabalhadores", afirma José Claudinei Messias, presidente do Sindicato.
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Os problemas de segurança nas locomotivas da Rumo são uma rotina perigosa. Os assaltos, denunciados constantemente, agora estão se somando à invasão dos trens – sem que os maquinistas possam fazer nada. "É uma situação difícil. O ferroviário sai de casa para trabalhar e além da jornada exaustiva de trabalho, não sabe se vai voltar. A empresa não pode ser negligente com segurança e a vida desses funcionários. Por isso estamos aqui: para garantir que todos os direitos sejam respeitados e que todos os Ferroviários tenham tranquilidade para exercer suas funções", finaliza Messias.
RUMO
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Em Nota à Imprensa, a Rumo disse que "o setor ferroviário vem sofrendo ataques de uma rede criminosa que pratica saques de cargas e atos de vandalismo na Baixada Santista. Para enfrentar essa situação, a concessionária mantém contatos frequentes com a Secretaria de Segurança Pública e com os comandos gerais das Polícias Militar e Civil, responsáveis pelo combate contra os crimes. As ações de repressão feitas pelo Poder Público foram intensificadas neste ano e já há efeitos positivos, como a prisão de suspeitos e a consequente desarticulação dos saques".
Enfatiza, ainda, que a empresa "reforçou a sua estrutura de inteligência e Segurança Privada para reforçar a proteção pessoal de seus colaboradores diretos e terceirizados, e que está cooperando com as autoridades com informações que possam ajudar nas investigações e vem ajustando as suas operações para reduzir as consequências para seus clientes".
Por fim, afirmou que não houve paralisação, mas, sim, "somente um protesto".
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