DECISÃO CONTROVERSA

Senadores querem trabalhar no Congresso 3 dias por semana

Pela decisão só serão votados projetos às terças, quartas e quintas, com a possibilidade de uma semana de home office; entenda

Bruno Hoffmann

Publicado em 02/03/2023 às 11:27

Atualizado em 02/03/2023 às 11:33

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Senado Federal, em Brasília / Roque de Sá/ Agência Senado

Os senadores decidiram nesta semana, após a folga estendida de Carnaval, se autoconceder semanas mais curtas de trabalho, com atuação obrigatória em Brasília apenas às terças quartas e quintas-feirras. Haveria ainda uma espécie de semana de home office mensal.

Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", a determinação, com aval do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), define que só serão votados projetos às terças, quartas e quintas. Segundas e sextas terão sessões não deliberativas.

Isso significa que os parlamentares não precisarão trabalhar nesses dois dias, pois não será considerado falta.

Os senadores também instituíram o mês de três semanas. Com isso, na última semana do mês o trabalho será remoto e "com pauta tranquila". Na prática, o senador só precisará trabalhar nove dias num mês em Brasília.

Esse "home office" só será possível, agora segundo a "CNN", se, nas primeiras três semanas de cada mês, o Senado conseguir liquidar temas mais polêmicos.

Assim, possibilitaria que os senadores fiquem em suas bases eleitorais e não precisem vir a Brasília na última semana do mês.

O salário atual dos senadores é R$ 39,2 mil, mas o valor irá saltar para R$ 41,6 mil a partir de abril. O reajuste foi definido no fim do ano passado.

Outra visão

Segundo a doutora em ciência política Beatriz Rey, especialista em política legislativa do Núcleo de Estudos sobre o Congresso (NECON), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ, porém, menos dias no Congresso não significam necessariamente que o senador está trabalhando menos.

Conforme a doutora, há várias dimensões do trabalho legislativo, e a atuação na produção de leis é uma delas. Outras são a atuação na representação federalista, na base eleitoral e na fiscalização do Executivo.

"Ou seja: quando o parlamentar não está no plenário, ele está trabalhando em outra dimensão da atividade legislativa já que o trabalho em plenário é apenas UMA das coisas que ele faz em Brasília e UMA das coisas que ele faz no seu mandato", escreveu ela, pelo Twitter.

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