Brasil

Sabesp pode demitir centenas de funcionários antes de ser privatizada

A empresa, todavia, diz não confirmar essa informação

Do UOL/Folhapress

Publicado em 17/02/2023 às 14:03

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Reprodução/Facebook/Sabesp

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Em meio às expectativas de privatização pelo governo do estado de São Paulo, a Sabesp discute o lançamento de um plano de reestruturação para reduzir custos a partir de 2023. 

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A empresa avalia cortes de pessoal e um programa de demissão voluntária, segundo apurou a Reportagem. O plano da empresa de saneamento inclui a possibilidade de corte de cargos de liderança e o lançamento de um PDV (Plano de Demissão Voluntária).

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O PDV seria lançado no segundo semestre com expectativa de adesão de 3.000 funcionários (25% do quadro atual). Os cortes em cargos de liderança podem ter início já nos próximos meses. 

Procurada pela Reportagem, a Sabesp declarou que "não há nenhum programa de demissão em curso".

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O UOL apurou que a diminuição da folha de pagamento tem como base um estudo da consultoria norte-americana A.T. Kearney encomendado ainda na gestão de Benedito Pinto Ferreira Braga Junior, que foi substituído por André Salcedo na presidência da Sabesp em 2023. 

40% das lideranças de algumas áreas poderiam ser cortadas. O plano de reestruturação teria como foco cargos com salários entre R$ 8.000 e R$ 40 mil de líderes como encarregados, gerentes de divisões regionais e superintendentes.

Planos de demissão ou desligamento voluntário permitem às empresas reduzir a folha de pagamento por meio de incentivos financeiros. A companhia oferece ao empregado um pacote de benefícios como indenização no valor de um salário por ano de trabalho, assistência médica temporária, complementação do plano de previdência privada etc.

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Plano de privatização

André Salcedo assumiu como diretor-presidente da Sabesp em janeiro deste ano. Sua gestão inicia marcada pelo fortalecimento do discurso de privatização da empresa defendido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

A intenção da gestão Freitas é desestatizar a companhia até o fim de 2024. O governo já contratou um estudo para avaliar a melhor modelagem para a privatização da companhia. 

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O governador de São Paulo tem o desejo de aplicar na Sabesp o mesmo modelo de privatização da Eletrobras. Ou seja, com menos participação do Estado nas ações da empresa, mas com poder de veto em assembleias de acionistas, o chamado "golden share".

O governo de São Paulo tem participação de 50,26% no controle da Sabesp. Os outros 49,74% estão na mão de acionistas privados.

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