Brasil

Projeto quer multar pais por crianças sozinhas em áreas de condomínio; valores assustam

Proposta aprovada em comissão da Câmara prevê multas de até 20 salários mínimos para pais e punição ao síndico; texto ainda não virou lei

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 17/11/2025 às 20:45

Atualizado em 17/11/2025 às 20:55

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

A proposta prevê multas pesadas para responsáveis que deixarem crianças menores de 12 anos sozinhas em áreas comuns / Pexels

Continua depois da publicidade

Um projeto de lei aprovado na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados vem chamando a atenção de pais, síndicos e administradoras de condomínios em todo o país.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

A proposta prevê multas pesadas — que podem chegar a 20 salários mínimos — para responsáveis que deixarem crianças menores de 12 anos sozinhas em áreas comuns, como parquinhos, piscinas, elevadores e até estacionamentos e coberturas.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Com pressão das mães, Casa da Esperança é salva e segue atendendo mais de 500 crianças

• Esta bebida queridinha das crianças faz tão mal para o fígado quanto o álcool, dizem cientistas

• Alerta de risco: o lado sombrio dos Labubus que celebridades escondem de crianças

O texto, que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), também responsabiliza os condomínios: o síndico que não afixar avisos claros sobre idade mínima e regras de uso dos espaços poderá ser multado entre 3 e 10 salários mínimos.

Veja também: Maior condomínio do Brasil equivale o tamanho de uma cidade e vai abrigar 80 mil pessoas

Continua depois da publicidade

A medida busca reforçar a proteção infantil em ambientes privados, onde acidentes são frequentes e muitas vezes subnotificados.

A relatoria da proposta é da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), que apresentou um substitutivo reunindo os Projetos de Lei 4309/2020 e 237/2021.

Segundo ela, o objetivo é criar mecanismos legais que reforcem a supervisão de crianças em locais que apresentam riscos imediatos, como piscinas e elevadores — dois dos ambientes que concentram maiores índices de acidentes em condomínios.

Continua depois da publicidade

Apesar da repercussão, o texto ainda não é lei. Ele precisa passar pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça antes de seguir para o plenário e, posteriormente, para o Senado. Só após essa tramitação completa é que as multas poderão ser aplicadas em âmbito nacional.

Veja também: Família de Santos leva a Educação Lúdica para multinacionais no Brasil e no exterior

Enquanto isso, especialistas em direito condominial afirmam que os condomínios podem adotar regras internas próprias, desde que aprovadas em assembleia, prevendo advertências e multas locais para quem descumprir normas de segurança — independentemente da aprovação final do projeto.

Continua depois da publicidade

A discussão agora se intensifica: de um lado, famílias que temem penalidades consideradas altas; do outro, síndicos e entidades que defendem a regulamentação como forma de prevenção e proteção à infância. O debate promete ganhar ainda mais força à medida que o projeto avança no Congresso.

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software