RETROSPECTIVA
Condenações ligadas ao 8 de Janeiro, embates institucionais e protagonismo internacional definiram o ritmo da política brasileira este ano
Supremo Tribunal Federal foi protagonista central do noticiário político / Divulgação/STF
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A política brasileira viveu um ano de alta tensão em 2025, marcado por decisões históricas do Judiciário, disputas institucionais, forte polarização e pelo avanço antecipado do debate eleitoral de 2026.
Entre condenações relacionadas aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, embates no Congresso Nacional e movimentos estratégicos do governo federal no cenário internacional, o país atravessou doze meses de instabilidade e reposicionamento político.
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O Supremo Tribunal Federal foi protagonista central do noticiário político. Em 2025, a Corte concluiu julgamentos de figuras-chave investigadas por tentativa de ruptura institucional, consolidando a responsabilização penal dos envolvidos nos atos antidemocráticos de 2023.
O episódio mais emblemático foi a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, sentenciada após o trânsito em julgado das ações que o apontaram como líder político do movimento golpista. A decisão aprofundou o racha político no país e gerou reações intensas entre apoiadores e críticos.
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No Executivo, o presidente Lula enfrentou um Congresso fragmentado e resistente em pautas fiscais e regulatórias.
Discussões sobre orçamento, limites de gastos e regulação das plataformas digitais dominaram a agenda legislativa, com sucessivas negociações para garantir governabilidade.
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Paralelamente, o Brasil ampliou sua presença no cenário externo ao assumir a presidência do BRICS, reforçando o discurso de protagonismo do Sul Global, defesa do multilateralismo e busca por maior influência geopolítica.
Mesmo sem eleição nacional no calendário, 2025 foi marcado pela antecipação do debate presidencial. Pesquisas, articulações partidárias e movimentos estratégicos evidenciaram a manutenção da polarização política, com a direita buscando reorganização após as condenações judiciais e a esquerda tentando consolidar sua base de apoio.
A possibilidade de novos nomes e a influência indireta de lideranças impedidas eleitoralmente passaram a pautar análises e disputas internas nos partidos.
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O ano também foi atravessado por episódios que ampliaram a pressão sobre o poder público, como apagões elétricos, alertas climáticos, manifestações contra propostas de anistia a condenados do 8 de Janeiro e debates sobre a política ambiental na Amazônia. Esses temas reforçaram o desgaste institucional e mantiveram a política no centro das atenções da sociedade.
Ao fim de 2025, o Brasil chega a 2026 com instituições testadas, cenário político fragmentado e ambiente social tensionado. As decisões tomadas ao longo do ano não apenas marcaram o presente, mas também desenharam os contornos de uma das disputas eleitorais mais complexas desde a redemocratização.
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