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Outono: saiba quais são as doenças mais comuns da estação

Doenças respiratórias prevalecem no outono, que pode agravar ainda outros problemas

Gladys Magalhães

Publicado em 03/04/2023 às 11:00

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Características do outono podem interferir nas vias aéreas superiores, provocando alta de inflamações e infecções respiratórias / Diana.grytsku no Freepik

O outono 2023 teve início no dia 20 de março e só terminará em 21 de junho. Por ser uma estação de transição, entre o verão e o inverno, a estação é marcada pela redução gradual das temperaturas, mas essa não é sua única característica.

“No outono temos a queda na umidade do ar, com ocorrência de ventos e oscilação da temperatura, além da diminuição das chuvas. Assim, podemos esperar acúmulo de poluição no ar e propagação de partículas”, comenta a professora Carolina Guizardi Polido, coordenadora do curso de Enfermagem da Estácio.

Segundo Carolina, as características da estação podem interferir nas vias aéreas superiores, provocando aumento nos casos de inflamações e infecções respiratórias. Além disso, para o pneumologista André Nathan, do Hospital Sírio-Libanês, o outono provoca uma mudança de hábito, que facilita a propagação de doenças.

“O período faz com que a gente fique em lugares mais fechados por causa das temperaturas mais amenas, o que facilita a transmissibilidade e a circulação de alguns vírus respiratórios”, observa André.

Doenças mais comuns no outono
Dentre as doenças mais comuns no outono, os especialistas destacam as doenças de vias aéreas superiores, como resfriados, gripes, rinossinusites e otites, que tem como características coriza, tosse, mal estar e febre. No período, algumas doenças crônicas também tendem a ter uma piora nos sintomas.

“O ar mais seco e frio acaba contribuindo para uma piora dos sintomas de rinite, como coceira nasal e nos olhos, espirros, coriza, em pacientes com alergias respiratórias, por terem suas vias aéreas já mais inflamadas, e também acentua os sintomas da asma, doença caracterizada por uma tosse mais seca, falta de ar e chiado no peito”, ressalta Lara Novaes Teixeira, pediatra, alergista e imunologista do Hospital e Maternidade Sepaco.

Problemas cardíacos também podem piorar nesta época do ano, conforme explica Carolina. “As variações de temperatura associadas ao aumento da exposição aos poluentes propiciam, além dos quadros respiratórios, a ocorrência de eventos cardiovasculares, como infartos e tromboses, principalmente para pessoas que já são diagnosticadas com doenças prévias, como hipertensão, distúrbios de coagulação e arritmias cardíacas.”

Fique de olho!
De acordo com os profissionais, as pessoas devem procurar o médico sempre que os sintomas das enfermidades pioram, interferindo no dia a dia.

“Como são doenças facilmente transmissíveis em locais de muita aglomeração e por meio de secreções das vias aéreas, é importante procurar o serviço de saúde na presença de sinais de alarme. Os principais sinais são: desconforto para respirar, febre persistente por muito tempo e resistente à medicação, recusa total para ingerir alimentos, diminuição da diurese e desidratação, e queda do estado geral, ou seja, quando a pessoa não está agindo dentro do seu habitual”, explica Lara.

A médica lembra ainda que crianças e idosos merecem atenção especial. “Os extremos de idade são os mais afetados por doenças infecciosas das vias aéreas. As crianças por ainda terem o sistema imunológico em formação e os idosos por sofrerem um processo de imunossenescência, que é o envelhecimento do sistema imunológico”, esclarece Lara.

Prevenção
Ainda que os vírus estejam mais presentes durante o outono, é possível diminuir as chances de  contraí-los.  Para isso, os médicos destacam manter a vacinação em dia, alimentação e hábitos saudáveis.

“A vacina da gripe muda a cada ano, sendo composta pelos vírus de maior circulação no mundo. Manter o calendário vacinal atualizado, auxilia na manutenção da saúde e redução de riscos de letalidade. Atenção especial também deve ser dada àquela roupa ou cobertor que não são usados há muito tempo em caso de pessoas alérgicas, pois acumulam poeira e microrganismos que podem comprometer a imunidade”, comenta Carolina.

Melhore a alimentação
Investir em hábitos de vida saudáveis, como dormir bem, praticar exercícios físicos regularmente e dar preferência a alimentos naturais, contra os processados, é uma das maneiras de melhorar a imunidade e se prevenir das doenças mais comuns do outono.

Neste sentido, a nutricionista Thais Barca, da clínica CliNutri chama a atenção para alguns grupos de alimentos, que devem ser incluídos na rotina alimentar, são eles:

Frutas cítricas: são ricas em vitamina C, que é importante para a produção de glóbulos brancos e anticorpos. Alguns exemplos são a laranja, limão, acerola, kiwi, tangerina;  

Vitamina A: cenoura, abóbora, bata-doce, manga e brócolis são alguns alimentos ricos em vitamina A e ajudam a manter a membrana das mucosas saudáveis, visto que as membranas  são a primeira linha de defesa do corpo em infecções;

Vitamina E: a vitamina E está presente nos óleos vegetais e nas oleaginosas, como vegetais, amêndoas, castanhas, avelãs e semente de linhaça. É um antioxidante importante para o sistema imunológico, devido à atuação na cicatrização de tecidos;

Alho: o tempero contem compostos sulfurados, que ajudam a melhorar a função imunológica e reduzir a inflamação;

Gengibre: o alimento possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que podem ajudar a reduzir inflamação e fortalecer o sistema imunológico;

Iogurte natural: fonte natural de probióticos,  o iogurte natural ajuda na melhora da microbiota intestinal, que, por sua vez, auxilia  a melhorar o sistema imunológico;

Proteínas magras: com baixo teor de gorduras saturadas e trans, a proteína magra tem como fonte alguns cortes de carne bovina e suína, frango, peixes e ovos. Seu consumo é importante para a produção de anticorpos e, consequentemente, para a função do sistema imunológico.

 Leia esta matéria também na Gazeta de S. Paulo

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