Ocupações de prédios públicos ligados ao Ministério da Cultura já acontecem em cidades de todos os 26 Estados e também no Distrito Federal / Agência Brasil
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Ocupações de prédios públicos ligados ao Ministério da Cultura já acontecem em cidades de todos os 26 Estados e também no Distrito Federal, anunciou o movimento do Rio de Janeiro nesta terça (24).
Organizados por militantes ligados à classe artística, integrantes de movimentos sociais e estudantes, os protestos são contrários ao presidente interino Michel Temer (PMDB).
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As manifestações começaram no último dia 13 em Curitiba, inicialmente com foco principal na decisão de incorporar a gestão cultural à pasta de Educação.
Após o recuo de Temer, que recriou o MinC, participantes decidiram manter as ocupações contra o governo que consideram ilegítimo.
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Em comunicado, os militantes do Rio afirmaram que os protestos serão mantidos até a saída de Temer e que não terão qualquer tipo de diálogo com o governo interino.
"Repudiamos qualquer apoio ou tentativa de diálogo de qualquer entidade, segmento ou artistas que venham a negociar com esse governo ilegítimo, utilizando-se da luta plural e democrática travada nas ocupações", diz o texto.
O movimento criticou a postura de entidades artísticas, como a APTR (Associação de Produtores de Teatro) e o Procure Saber, que aceitaram dialogar com o novo ministro da Cultura, Marcelo Calero.
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No Rio, manifestantes ocupam o Palácio Capanema, onde funcionam as sedes do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Nacional) e da Funarte (Fundação Nacional de Artes).
Em um vídeo publicado na página da ocupação fluminense na internet nesta segunda (23), Marieta Severo, Enrique Díaz, Mariana Lima, Patrícia Pillar, Andréa Beltrão, Otto, Soraya Ravenle e outros artistas famosos manifestam apoio aos protestos.
"A luta pela democracia não tem data para terminar", diz Marieta no vídeo, editado pelo grupo Mídia Ninja.
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Na maioria das capitais, organizadores das ocupações pedem, pela internet, doações de água, comida, cobertores e utensílios.