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Mulheres usam mais óculos, diz IBGE

Oftalmologista explica porque os vícios de refração são 35% maiores entre elas. Entenda como a cirurgia refrativa elimina os óculo

Da Reportagem

Publicado em 04/09/2019 às 14:33

Atualizado em 04/09/2019 às 14:35

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O uso de óculos de grau é 35% maior na população feminina / Reprodução

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O uso de óculos de grau é 35% maior na população feminina de acordo com o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a maior concentração de tarefas próximas como a costura, o artesanato e até as horas contínuas usando telas digitais são fatores que facilitam o desenvolvimento da miopia na população feminina.  Isso porque, explica, o prolongado esforço visual para perto pode encurtar os músculos ciliares que regulam o foco visual nas várias distâncias e levar à diminuição da visão de longe  que caracteriza a miopia.

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"Os olhos das mulheres também estão expostos aos componentes de maquiagens e cosméticos que podem facilitam o desenvolvimento do astigmatismo, afirma. Isso porque, explica, o astigmatismo é uma deformação na córnea, lente externa do olho, que pode estar relacionada à alergia e ao hábito de coçar os olhos desencadeado por estes produtos.

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Tanto a miopia como o astigmatismo podem ser corrigidos com óculos de grau ou lente de contato. O problema é que uma enquete realizada pelo médico com 814 pacientes portadores de vícios refrativos mostra que  33% gostariam de se livrar dos óculos. A boa notícia é que a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia,  inclusive em graus altos, podem ser corrigidos pela cirurgia refrativa.

Como funciona

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Queiroz Neto afirma que com exceção dos implantes para correção de altos vícios refrativos em toda cirurgia refrativa é usado um Excimer laser que emite luz fria para moldar a córnea. É esta modelagem que faz a luz ser focada em um único ponto sobre a retina e torna a visão nítida.

No Lasik, explica, o cirurgião faz um corte manual na camada externa da córnea, aplica o laser na camada intermediária para modelar a visão e recoloca a lamela recortada no mesmo lugar.

No Intralase a cirurgia é inteiramente feita a laser, do corte da lamela à remodelagem da córnea. É mais segura e previsível porque o corte a laser evita as imprecisões causadas pelo tremor natural da mão do cirurgião. A técnica permite economizar até 20% de tecido da córnea. Por isso, pode ser feita em córneas mais finas.

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No PRK, o especialista afirma que não há corte. O laser faz uma raspagem na superfície da córnea que modela a visão. A recuperação da cirurgia é mais lenta e dolorida. A vantagem é que pode ser feita em córneas mais finas, mas corrige até 4 graus de miopia. 

A escolha entre uma técnica ou outra depende das características de cada olho.. O Lasik, ressalta,  pode corrigir graus mais elevados do que o PRK, mas só é indicado para córnea mais espessa.

O implante de lente para corrigir altos vícios de refração é a única técnica reversível, já que a lente pode ser retirada. O oftalmologista diz que a lente implantada entre a íris e o cristalino pode corrigir até 20 graus de miopia, 10 de hipermetropia e 6 de astigmatismo.

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Contraindicações

Queiroz Neto afirma que toda pessoa que passa pela cirurgia refrativa fica com olho seco temporário por até 90 dias, período em que é indicado o uso de colírio lubrificante. Uma dúvida comum é se o grau volta. "Os novos lasers são mais precisos,  corrigem inclusive pequenas imperfeições que interferem na visão, e isso dificulta a volta do grau", salienta. As principais contraindicações da refrativa elencadas pelo oftalmologista são: olho seco severo; córnea fina; gravidez ou amamentação; doenças na córnea, retina ou glaucoma;  menos de 21 anos;  instabilidade no grau há menos de 1 ano; doenças autoimunes; dificuldade de cicatrização; tratar acne com isotretiona.

Segundo o especialista. diversas pesquisas mostram que 98% dos que operam ficam satisfeitos, mas estar livre dessas contraindicações é essencial para ter uma cirurgia bem-sucedida, conclui.

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