Operação Escudo

Mortos pela PM em Santos e Guarujá chegam 22 em quase um mês

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), as duas vítimas mais recentes são um homem de 25 anos e um adolescente de 17

Folhapress

Publicado em 25/08/2023 às 18:00

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A Escudo é a operação da Polícia Militar paulista mais letal desde o massacre do Carandiru / Divulgação/SSP-SP

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Duas pessoas foram mortas por policiais militares na noite de quarta-feira (23) em Santos e Guarujá, elevando para 22 o número de mortes por intervenção policial na Operação Escudo.

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Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), as duas vítimas mais recentes são um homem de 25 anos e um adolescente de 17.

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A secretaria diz que, em Guarujá, policiais atuavam em uma comunidade quando identificaram traficantes armados no local.

Um deles teria apontado uma arma em direção aos PMs, que dispararam e atingiram o suspeito.

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Ferido, o homem foi levado à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da praia da Enseada, mas não resistiu aos ferimentos.

A SSP afirma que o suspeito tinha uma mochila com drogas, um rádio-comunicador e dinheiro.

O adolescente de 17 anos morreu na mesma noite, em Santos. A secretaria afirma que ele havia tentado roubar um carro.

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"Policiais militares realizavam patrulhamento quando viram um casal sendo retirado à força de um veículo por dois criminosos, que fugiram com o carro", disse a SSP, em nota.

"Após baterem em um muro, [o adolescente] sacou a arma que carregava e acabou atingido. Ele foi levado ao pronto-socorro, onde morreu. O comparsa conseguiu fugir."

Nos dois casos, as armas dos PMs foram apreendidas, assim como pistolas que supostamente estavam com as vítimas.

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Operação é a mais letal da PM em mais de 30 anos

A Escudo é a operação da Polícia Militar paulista mais letal desde o massacre do Carandiru.

Ela foi deflagrada no fim de julho, após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, da Rota.

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Moradores denunciam que alguns casos envolveriam pessoas desarmadas, e relatam invasões de casas por policiais mascarados, ameaças e indícios de tortura.

O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) nega e afirma que não há evidências de abusos.

Imagens de câmeras corporais de policiais militares enviadas ao Ministério Público de São Paulo mostram registros de confrontos com criminosos em apenas 3 dos 16 casos iniciais em que houve mortes, que ocorreram entre os dias 28 de julho e 2 de agosto.

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Por cerca de duas semanas, a operação na Baixada Santista não teve houve mortes.

No último dia 15, um delegado da Polícia Federal foi baleado e, segundo entidade, ficou em estado grave.

Após o ataque ao agente federal, quatro pessoas morreram em ações da PM.

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"Todos os 22 casos de morte decorrente de intervenção policial durante a Operação Escudo são investigados pela DEIC de Santos e pela Polícia Militar por meio de Inquérito Policial Militar", informou a SSP.

"Além disso, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa mobilizou policiais civis e técnico-científicos para dar apoio às investigações. A operação segue para sufocar o tráfico de drogas e combater o crime organizado. Já foram presas 621 pessoas, sendo 236 foragidos de Justiça. Foram apreendidas 82 armas e 895 kg de entorpecentes."

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