13 de Maio de 2024 • 02:49
Brasil
Em entrevista recente à CNN Brasil, Sales afirmou que a situação não é tão grave quanto a da crise de 2001, quando o Brasil promoveu o racionamento prolongado de energia por falta de capacidade do sistema elétrico. Mesmo assim, pode não haver energia sufi
*Imagem meramente ilustrativa. / Reprodução/Internet
A seca que atinge principalmente os reservatórios do Sul e do Sudeste pode causar racionamento ou apagão de energia nos horários de maior demanda, segundo Claudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil.
Em entrevista recente à CNN Brasil, Sales afirmou que a situação não é tão grave quanto a da crise de 2001, quando o Brasil promoveu o racionamento prolongado de energia por falta de capacidade do sistema elétrico. Mesmo assim, pode não haver energia suficiente nos horários de pico ao longo do segundo semestre de 2021.
O nível dos reservatórios no Brasil é o pior da série histórica, iniciada em 1931. Segundo o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), as represas das hidrelétricas na região Sudeste e Centro-Oeste estão com 32% da capacidade — elas são responsáveis pela geração de mais da metade da energia brasileira.
Com o fim do período chuvoso na região, a produtividade das hidrelétricas deverá cair ainda mais. Para contornar o problema, o ONS despacha (aciona) usinas térmicas que geram eletricidade a partir de gás natural, óleo, carvão ou diesel.
Claudio Sales afirmou que o uso prolongado de usinas térmicas deve impactar no reajuste das tarifas de energia em 2022 e 2023. A energia produzida das térmicas é mais cara do que a das hidrelétricas.
O reajuste das tarifas é calculado periodicamente pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), conforme o contrato com a empresa prestadora do serviço, com base na média do custo da eletricidade.
Além do reajuste da tarifa, a conta de luz já está no patamar mais caro para o consumidor por causa da crise hídrica. A Aneel acionou neste mês a bandeira vermelha 2, devido à seca que impacta na produção de energia.
A falta de energia em horários de pico poderia forçar empresas a mudar a rotina de trabalho ou reduzir a capacidade de produção. Segundo Sales, eventuais alterações tendem a impactar negativamente a economia.
"Qualquer mudança forçada significa uma certa perda", afirmou. O Instituto Acende Brasil é um centro de estudos que monitora o setor elétrico brasileiro e trabalha em projetos para a transparência e sustentabilidade.
*Do UOL
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