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INSS: aposentados e beneficiários do BPC sem cadastro biométrico ou digital correm risco de bloqueio

Nova regra entra em vigor dia 25 e exige atualização de dados para evitar cortes nos repasses mensais

Jeferson Marques

Publicado em 17/10/2025 às 19:42

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Idosa cadastrando sua biometria em uma agência física do INSS / Imagem gerada por IA

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O governo federal definiu que, a partir de 25 de novembro de 2025, o uso da biometria — facial ou digital — passa a ser obrigatório para todos os beneficiários do INSS, incluindo aposentados, pensionistas e quem recebe o BPC (Benefício de Prestação Continuada). A medida faz parte do Decreto nº 12.561/2025, publicado em julho, e pretende aumentar a segurança e reduzir fraudes nos pagamentos.

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O que começa a valer em novembro

O decreto estabelece que, após 120 dias de sua publicação, todos os benefícios pagos pelo INSS só poderão ser concedidos, mantidos ou renovados mediante comprovação biométrica. Isso significa que, a partir de 25 de novembro de 2025, os beneficiários precisarão ter seus dados digitais ou faciais cadastrados em uma base oficial do governo.

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A boa notícia é que quem já possui CNH, título de eleitor biométrico, passaporte ou RG digital não precisa refazer o cadastro, pois esses bancos de dados serão integrados automaticamente ao sistema do INSS.

Como será a implementação

Apesar de o prazo começar a valer em novembro, o governo informou que a implantação será gradual. O sistema deve entrar em funcionamento aos poucos, começando por regiões com maior estrutura tecnológica.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social também confirmou que haverá períodos de adaptação, e que nenhuma pessoa será penalizada caso ainda não haja condições para coleta biométrica em sua cidade.

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Em outras palavras, o governo não pretende bloquear pagamentos de forma automática, e sim dar um prazo para que todos possam se regularizar.

Quem será mais afetado

Os primeiros a sentir as mudanças serão os beneficiários do BPC/LOAS, voltado a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Nos requerimentos mais recentes, o INSS já vem solicitando a biometria como etapa obrigatória.

A partir do dia 25 de novembro, a tendência é que o mesmo procedimento seja ampliado para aposentadorias, pensões e auxílios. Quem ainda não tiver biometria cadastrada poderá ter o processo de revisão ou renovação temporariamente suspenso até que regularize a situação.

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O que fazer até lá

Quem já tem documento com biometria não precisa se preocupar — a atualização será automática. Já quem nunca registrou dados digitais ou faciais deve aguardar os atos complementares que serão publicados pelo governo com orientações sobre onde e quando fazer o cadastro.

A recomendação é acompanhar o portal Meu INSS e o site gov.br, que divulgarão avisos e convocações oficiais. Não é necessário procurar o INSS ou o CRAS antes da convocação.

O que esperar após a data

O dia 25 de novembro de 2025 marca o início de uma nova fase no sistema previdenciário brasileiro. O governo aposta na biometria para garantir mais segurança e transparência, evitando pagamentos indevidos. A transição, porém, será feita de forma gradual e sem bloqueios automáticos, garantindo tempo para que todos os beneficiários se adaptem à nova regra.

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