X

Brasil

Governo admite que Previdência ficará para depois da eleição

Segundo ele, o Palácio do Planalto concluiu que não há segurança jurídica para revogar o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro

Folhapress

Publicado em 19/02/2018 às 22:18

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Michel Temer admitiu pela primeira vez que não conseguirá votar a reforma previdenciária pelo menos até a eleição presidencial / Divulgação/Fotos Públicas

O governo do presidente Michel Temer admitiu pela primeira vez nesta segunda-feira (19) que não conseguirá votar a reforma previdenciária pelo menos até a eleição presidencial. Em entrevista à imprensa, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que a proposta está suspensa e que, na melhor das hipóteses, poderá ser retomada em novembro.

Segundo ele, o Palácio do Planalto concluiu que não há segurança jurídica para revogar o decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro, que impede a votação de uma PEC (Proposta de Emenda Constituição).

"A questão da segurança pública assumiu um caráter tão explosivo que tornou necessário tomar uma medida e o efeito colateral neste momento é a suspensão da reforma previdenciária", disse.

Segundo ele, para evitar o crescimento do déficit público, a equipe econômica estuda agora uma série de medidas para tentar aliviar as contas públicas.

Ele, contudo, afirmou que elas ainda estão em estudo e não deu maiores detalhes.

Mais cedo, o presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse que não faz sentido ter feito uma intervenção federal no Rio de Janeiro se for para extingui-la com o objetivo de votar a reforma previdenciária.

Na semana passada, o presidente Michel Temer havia afirmado que o decreto que nomeou um interventor seria interrompido para a tramitação das mudanças nas aposentadorias, mas não deu um prazo para que isso ocorra.

"Se for para fazer uma intervenção e chamar a todos nós e, daqui a cinco dias, dizer que foi um equívoco porque precisa votar matéria A ou matéria B, não teria sentido ter feito a intervenção", disse o senador.

Em entrevista à imprensa, após reunião no Palácio do Alvorada, Eunício disse ter dúvidas se haveria condições políticas no Congresso Nacional de se aprovar um novo decreto de intervenção caso o atual seja revogado para a votação de uma PEC.

"Se ele fizer a revogação, extingue-se a intervenção no Rio de Janeiro. E para fazer uma nova intervenção eu não sei se teria a condição política de fazer. Aí, o que a sociedade iria dizer? O que íamos dizer? Que não havia necessidade da intervenção. E ela é necessária", disse.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

São Vicente

Confira as vagas de emprego oferecidas pelo PAT de SV, neste começo de semana

PAT de São Vicente oferece oportunidades de emprego em diferentes segmentos profissionais

Cotidiano

Confira o resultado da Lotofácil no concurso 3096, nesta segunda (6)

O prêmio é de R$ 1.700.000,00

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter