A maior ponte estaiada do Brasil é um marco da alta tecnologia e da engenharia / Imagem gerada por IA
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A maior ponte estaiada em construção prevista pelo governo federal será instalada na região de fronteira entre Guajará-Mirim, em Rondônia, e Guayaramerín, na Bolívia. A estrutura irá vencer o rio Mamoré e se tornará um dos projetos binacionais mais importantes dos últimos anos, tanto pela complexidade de engenharia quanto pelo impacto econômico que deve gerar nos dois países.
O empreendimento é considerado estratégico para melhorar a circulação de cargas, ampliar a integração logística e criar um novo eixo de conexão internacional. O projeto prevê um vão estaiado principal — solução escolhida para garantir maior estabilidade e permitir a passagem de embarcações — além de trechos de acesso em ambos os lados da fronteira.
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A tecnologia aplicada envolve mastros altos, estais tensionados e sistemas de monitoramento estrutural contínuo, características presentes em obras de grande porte. A escolha pelo modelo estaiado também reduz a necessidade de pilares no leito do rio, diminuindo interferências ambientais e aumentando a durabilidade da estrutura.
A fase de contratação do empreendimento passou por revisões após questionamentos técnicos sobre a habilitação dos consórcios concorrentes. A análise dos critérios de experiência das empresas participantes e a reavaliação da documentação exigida atrasaram o andamento do processo, mas permitiram maior rigor na seleção das construtoras aptas a executar uma obra desse porte.
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Quando iniciada, a construção deverá mobilizar centenas de trabalhadores e gerar milhares de empregos indiretos. As etapas incluem fundações profundas, montagem dos mastros, instalação dos cabos estaiados e execução do tabuleiro por avanços sucessivos — processos que exigem equipamentos especializados e mão de obra qualificada.
O prazo estimado para execução é de vários anos, considerando as características geológicas, a logística na região de fronteira e as exigências binacionais para circulação, fiscalização e operação da futura estrutura. Quando concluída, a ponte estaiada deve se tornar um novo marco de integração entre Brasil e Bolívia, além de uma referência de engenharia para toda a região amazônica.
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