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Evento no Planetário da Gávea reúne cientistas da área da física

Cosmo'22 será realizada até o dia 26 de agosto

Agência Brasil

Publicado em 22/08/2022 às 22:33

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Telescópio / Olimpíada Latino-Americana de Astronomia

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Começou hoje (22), no Rio de Janeiro, a 25ª Conferência Internacional Anual de Física de Partículas e Cosmologia (Cosmo'22), que reúne até o próximo dia 26, no Planetário da Gávea, pesquisadores de renome mundial e cientistas nacionais. “A expectativa é muito grande para estudantes e cientistas interagirem com essas pessoas”, disse à Agência Brasil o professor Miguel Quartin, do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IF-UFRJ), membro da organização do evento.

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Quartin afirmou que o evento representa uma grande chance de os jovens alunos de física, da área de cosmologia e astronomia, poderem se encontrar com alguns dos mais importantes pesquisadores internacionais e colaborarem entre si.

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Considerado um dos principais encontros da área, a Cosmo’22 debaterá temas como a matéria escura, neutrinos e física de partículas, ondas gravitacionais e buracos negros, radiocosmologia, métodos estatísticos e tensões em cosmologia.

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O Rio de Janeiro foi escolhido para esta edição da Cosmo porque reúne condições favoráveis para o desenvolvimento de pesquisas em física. Na região metropolitana da cidade estão localizados vários centros de pesquisa e universidades que criam um ambiente ativo e estimulante para a ciência. Esses grupos de pesquisa em cosmologia, astrofísica e gravitação são encontrados na UFRJ, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), no Observatório Nacional (ON) e Centro Brasileiro de Pesquisa Física (CBPF).

O secretário municipal de Governo e Integridade Pública, responsável pelo Planetário da Gávea, Tony Chalita, destacou que o Rio de Janeiro sempre teve, historicamente, um protagonismo nacional na área de pesquisa científica. “Ao receber a Cosmo’22, a cidade retoma esta importância histórica e, entre os dias 22 e 26 de agosto, será a sede de novos conhecimentos e descobertas importantes que causarão impacto nos estudos de astrofísica em todo o mundo”, avaliou.

Pesquisas

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O diretor de Astronomia do Planetário, Leandro L.S. Guedes, disse à Agência Brasil que o país tem participação destacada em pesquisas em astronomia. “Existem brasileiros em todas as áreas de pesquisa. Com a cosmologia, não é diferente. Sempre teve uma participação brasileira intensa em congressos internacionais”.

O professor Miguel Quartin confirmou que o Brasil está ativo e inserido nas grandes pesquisas e discussões atuais sobre cosmologia e astrofísica, participando, no momento, com outros grupos de pesquisadores estrangeiros, de grandes trabalhos de ponta em nível mundial.

Ele criticou, entretanto, a falta de financiamento contínuo da ciência no país. “Isso torna muito difícil fazer planos de longo prazo. A previsibilidade dos investimentos é o maior problema do Brasil, atualmente. Porque esses investimentos são de longo prazo. Tem que formar recursos humanos e conseguir empregá-los. Isso não acontece em escala de tempo curta. Isso leva anos”.

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Segundo ele, quando o financiamento é interrompido por alguns anos, o país perde ciclos de pesquisa e acaba tendo que recomeçar a formação de mão de obra. Atualmente, ele afirma que o Brasil tem convivido com uma “fuga de cérebros”. “Se essa fuga não for revertida rapidamente, ela começa a se tornar irreversível, na verdade. Uma geração pode ser perdida”.

Palestra para leigos

A Cosmo’22 é um evento fechado, voltado para especialistas e cientistas de vários países que apresentarão trabalhos e discutirão temas e novas descobertas das áreas de estudo, além de participarem de debates e painéis.

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Na quinta-feira (25), porém, haverá uma palestra em português, aberta ao público, sobre “O Universo em Expansão: 100 anos do artigo de Friedmann”, primeiro artigo que propôs que o universo está se expandindo. A palestra será dada pelo professor Júlio Fabris, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

“A palestra vai ser em uma linguagem acessível, porque toda ciência tem uma parte que trata da pesquisa e seu desenvolvimento, que fica ali entre nós, cientistas, e existe um trabalho de tradução para passar isso de forma compreensível para as outras pessoas que não são da área, mas que podem compreender. Quando alguém explica, tudo é facilmente compreensível”, assegurou o diretor do Planetário.

A palestra é gratuita e não precisa de inscrição prévia. As primeiras 220 pessoas que chegarem ao Planetário da Gávea no dia 25 terão assento garantido no auditório.

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