Com média anual próxima de 2.800 milímetros, a capital paraense figura entre as cidades mais chuvosas do planeta / Divulgação/GovPA
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Localizada no Norte do Brasil, Belém é conhecida por um fenômeno que molda o cotidiano de seus moradores: a chuva constante.
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Com média anual próxima de 2.800 milímetros, a capital paraense figura entre as cidades mais chuvosas do planeta, registrando precipitação em mais de 300 dias ao ano, segundo dados climatológicos.
Em 2025, a tendência se mantém. A cidade deve enfrentar chuvas em mais de 200 dias, concentradas principalmente entre dezembro e maio, período mais chuvoso da região amazônica.
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As pancadas costumam ser rápidas, mas intensas, ocorrendo com maior frequência no fim da tarde e início da noite, oferecendo alívio momentâneo às temperaturas elevadas.
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Próxima à Linha do Equador, Belém combina alta umidade do ar com temperaturas que frequentemente ultrapassam os 30 °C.
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A rápida formação de nuvens carregadas é típica do clima equatorial, criando um cenário em que sol forte e chuva intensa podem se alternar em questão de minutos.
Essas condições tornam o clima desafiador, exigindo adaptações constantes tanto da população quanto da infraestrutura urbana.
Em Belém, a chuva faz parte da rotina. É comum ver moradores circulando com capas de chuva, mesmo em dias aparentemente ensolarados.
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A arquitetura tradicional também reflete essa realidade, com beirais largos, telhados inclinados e sistemas voltados para o rápido escoamento da água.
No comércio, lojistas frequentemente oferecem sacos plásticos para proteger compras e pertences durante temporais inesperados.
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Para muitos moradores, acompanhar a previsão do tempo tornou-se quase dispensável, já que o planejamento diário já pressupõe a possibilidade de chuva.
A realidade climática de Belém ganhará destaque internacional em novembro de 2025, quando a cidade sediará a COP30, conferência global que reunirá dezenas de milhares de participantes para discutir mudanças climáticas.
Durante o evento, é esperado que os visitantes enfrentem sol intenso, chuvas passageiras e elevada umidade. As recomendações incluem roupas leves, hidratação constante e atenção às mudanças rápidas do tempo.
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A organização do encontro prevê estruturas cobertas, ajustes logísticos e protocolos de segurança para lidar com as condições climáticas.
A escolha de Belém como sede da COP30 reforça o papel estratégico da Amazônia no debate climático global. Ao mesmo tempo em que evidencia os desafios de viver em uma região de clima extremo, a cidade se torna uma vitrine internacional para discutir adaptação climática, preservação ambiental e desenvolvimento sustentável.
Com monitoramento constante do tempo e investimentos em infraestrutura, Belém se prepara para receber o mundo sem perder sua identidade amazônica — marcada por calor, umidade e chuvas quase diárias, que fazem parte da vida local há gerações.
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