A famosa Basílica de Aparecida do Norte / Ken Chu/Secretaria de Turismo de SP
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A história da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo, começa com um ato de fé que atravessou séculos. Em 1717, três pescadores — Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves — encontraram a imagem da santa nas águas do rio Paraíba do Sul, segundo o acervo histórico do Santuário Nacional de Aparecida.
O pequeno oratório que abrigou a imagem deu origem a uma peregrinação que cresceu até transformar a cidade em um dos maiores centros religiosos da América Latina.
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Com o aumento do número de fiéis, foi construída a chamada Basílica Velha, inaugurada em 1888. De estilo barroco, ela permanece no centro da cidade e ainda recebe visitantes. Porém, segundo o próprio site do Santuário Nacional, logo ficou claro que o espaço não comportava mais o fluxo crescente de romeiros que chegavam de todas as regiões do país.
A ideia de erguer uma nova basílica começou a ganhar força na década de 1940. O projeto foi assinado pelo engenheiro Benedito Calixto de Jesus Neto, sobrinho do famoso pintor Benedito Calixto, e aprovado pelo então arcebispo de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta. As obras tiveram início em 11 de novembro de 1955, conforme registros da Arquidiocese de Aparecida.
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Erguida em formato de cruz grega, a nova basílica foi inspirada em grandes templos do mundo, como a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Segundo dados oficiais do Santuário Nacional, o templo tem 173 metros de comprimento, 168 metros de largura e capacidade para abrigar até 45 mil pessoas.
Em 1980, o papa João Paulo II visitou o local e consagrou o templo como Basílica Menor, reforçando o reconhecimento internacional de Aparecida como centro de fé católica. Em 2007, o papa Bento XVI também celebrou missa no local durante a V Conferência do Episcopado Latino-Americano, reforçando o papel da cidade como símbolo da religiosidade brasileira.
Hoje, segundo o próprio Santuário Nacional, o complexo recebe cerca de 12 milhões de visitantes por ano, movimentando a economia local e o turismo religioso de toda a região do Vale do Paraíba. Além da igreja, o local abriga a passarela da fé, museus, capelas e áreas de acolhimento para romeiros.
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Mais do que uma obra monumental de engenharia, a Basílica de Aparecida é o reflexo da devoção popular que cresceu junto com o país. Entre fé, história e arquitetura, o santuário se mantém como um dos maiores símbolos espirituais do Brasil — um lugar onde a tradição e a esperança continuam vivas sob o olhar da Padroeira.