Os dois advogados presos na Baixada serão levados do Palácio da Polícia, em Santos, para Presidente Prudente, no interior paulista / Matheus Tagé/DL
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A Operação Ethos, deflagrada com a finalidade de desarticular um grupo de advogados supostamente vinculados ao Primeiro Comando da Capital (PCC), deteve nesta terça-feira (22) 32 advogados. Duas prisões foram realizadas na Baixada Santista, nas cidades de Santos e São Vicente.
A Ethos é realizada pelo Ministério Público de São Paulo e pela Polícia Civil. Na Baixada, policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Santos prenderam os advogados em suas respectivas casas e vistoriaram os escritórios de ambos.
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Foram apreendidas cartas de pessoas que estão no sistema prisional, computadores e celulares do advogados. Até o final desta manhã, eles permaneciam na DIG. Eles deverão ser transferidos para Presidente Prudente, no interior paulista.
Dez municípios
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A operação, conduzida pelo Departamento de Polícia Judiciário do Interior-8 (Deinter-8), na região de Presidente Prudente, acontece em ao menos dez municípios no Estado de São Paulo, entre eles, a capital paulista, Cotia e Presidente Prudente. Ao todo, 703 policiais civis e membros do Ministério Publico participam da operação.
Entre os presos está o vice-presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), Luiz Carlos dos Santos, em Cotia (Grande SP). Segundo a investigação, Santos teria recebido do PCC cerca de R$ 130 mil para desestabilizar a segurança pública do Estado por meio de "falsas denúncias" perante organismos de proteção dos direitos humanos.
O Condepe é ligado à Secretaria da Justiça e Cidadania do governo Geraldo Alckmin (PSDB). A pasta informou que, apesar de ser ligado à secretaria, o conselho é um órgão independente e tem autonomia. Por isso, não faria nenhum comentário sobre a prisão de Santos.
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A investigação teve inicio há um ano e meio e identificou 55 pessoas, das quais 41 estavam em liberdade e contribuíam para a prática criminosa vinculada à organização. Os demais investigados são presos que estão no sistema penitenciário paulista -considerados líderes da facção.
(Com informações da Folhapress)