A terceira pista da Rodovia dos Imigrantes era um sonho antigo de mobilidade / Imagem gerada por IA
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Duas frentes concentram as maiores expectativas em infraestrutura viária no estado de São Paulo: a terceira pista da Rodovia dos Imigrantes (SP-160), com um túnel de aproximadamente 6 km previsto para se tornar o maior do Brasil; e o túnel imerso Santos–Guarujá, primeira ligação fixa entre as duas cidades por baixo do estuário do Porto de Santos.
O projeto da nova pista no trecho de serra soma 21,5 km, dos quais cerca de 17 km serão em túneis e 4 km em viadutos. Um dos túneis terá aprox. 6 km, superando os recordes nacionais atuais e concentrando soluções de ventilação, segurança e evacuação típicas de túneis longos. A pista foi concebida para dar vazão ao tráfego pesado ligado ao porto, reduzindo conflitos com o fluxo de automóveis.
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A iniciativa já foi apresentada pelo governo estadual e pela concessionária, com detalhamento técnico do traçado e dos sistemas de segurança. Segue em etapas de licenciamento e maturação de projeto, com atenção de órgãos de controle e de meio ambiente devido à sensibilidade da Serra do Mar.
Após licenciamento prévio e leilão, o túnel imerso Santos–Guarujá avançou como PPP patrocinada. O traçado total terá 1,5 km, sendo 870 m imersos em módulos de concreto assentados no leito do canal. O projeto inclui três faixas por sentido, faixa para VLT, além de ciclovia e passagem de pedestres. A operação promete encurtar a travessia atualmente feita por balsas para poucos minutos e dar previsibilidade ao deslocamento cotidiano entre as margens.
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As duas obras elevam a régua técnica: túneis extensos escavados na Serra do Mar exigem robustos sistemas de ventilação, monitoramento e rotas de fuga; o túnel imerso traz ao Brasil uma técnica consagrada na Europa e na Ásia. Ambos dependem de licenças ambientais e condicionantes que afetam método construtivo, cronograma e mitigação de impactos.