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Dono do hotel Emiliano morre em queda de aeronave

O Emiliano é um ícone da hotelaria de luxo no país, frequentado pela elite e celebridades, como a modelo Gisele Bündchen

Folhapress

Publicado em 19/01/2017 às 21:48

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O empresário Carlos Alberto Filgueiras, 69, dono do grupo Emiliano, estava no avião que caiu na costa de Paraty nesta quinta-feira (19) e matou também o ministro Teori Zavascki.

Com sua tradicional matriz em São Paulo fundada por Filgueiras há aproximadamente 15 anos e uma nova unidade com partes já inauguradas no Rio, o Emiliano é um ícone da hotelaria de luxo no país, frequentado pela elite e celebridades, como a modelo Gisele Bündchen.

O empresário costumava caminhar pelos corredores do hotel para acompanhar de perto a operação e treinava sua equipe para que conhecesse cada hóspede pelo nome, de acordo com o advogado Nélio Machado, amigo da família.

"O apartamento dele fica ao lado do hotel [na rua Oscar Freire] e é um lugar onde ele eventualmente dava um jeito de receber alguns amigos, quando não havia vagas no hotel. De forma generosa, ele cedia seu próprio apartamento sem cobrar", afirma Machado.

O chef de cozinha Laurent Suaudeau, de quem o empresário foi cliente e fornecedor, afirma que ele era ao mesmo tempo uma pessoa muito simples, mas que sabia comer e beber "do bom e do melhor", conhecido por ser muito exigente.

"Ele tinha uma energia forte de trabalho. Foi um desbravador com o primeiro hotel-butique de São Paulo", afirma José Barattino, que foi chef do restaurante do hotel por oito anos.

Arquitetura

Filgueiras era apaixonado por design e amigo de arquitetos com quem elaborava seus projetos.

"Nossa relação profissional renderia um livro. Não era para ter partido agora que concluíamos juntos o projeto do Emiliano no Rio. Ficamos de brindar na cobertura", afirma Arthur Casas.
Foi também amigo do cantor Roberto Carlos, com quem chegou a ter negócios.

De origem pobre, foi caminhoneiro na juventude. Amigos relatam que ele exerceu muitas atividades, mas descobriu como ganhar dinheiro em Serra Pelada e depois se mudou para São Paulo, onde sua carreira deslanchou com a construção de empreendimentos imobiliários.

Paraty era um lugar que o empresário visitava com frequência, segundo relatos de amigos dele.

O avião do acidente era usado principalmente para visitar a fazenda comprada há mais de 15 anos e onde tinha planos de construir um outro hotel de luxo no futuro, mas ainda esbarrava em estudos ambientais.

O empresário deixa quatro filhos, um deles chamado Emiliano.

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