Brasil
O Ibovespa, que acumulou ganho de 18% nos cinco pregões anteriores, opera com volatilidade, entre altas e baixas -o mesmo movimento ocorre com os papéis da Petrobras
Após o recuo de 6,62% na semana passada, o dólar à vista passa por ajuste e sobe ante o real / Divulgação
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Após o recuo de 6,62% na semana passada, o dólar à vista passa por ajuste e sobe ante o real nesta segunda-feira (7). A alta ocorre apesar da valorização das commodities no mercado internacional, que beneficia moedas de países emergentes.
O Ibovespa, que acumulou ganho de 18% nos cinco pregões anteriores, opera com volatilidade, entre altas e baixas -o mesmo movimento ocorre com os papéis da Petrobras.
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As ações de Vale e siderúrgicas disparam com a valorização recorde do minério de ferro na China, enquanto as ações do setor financeiro recuam, em um movimento de realização de lucros.
Analistas ressaltam, porém, que o otimismo com uma eventual saída da presidente Dilma Rousseff do governo continua, em função dos recentes desdobramentos da Operação Lava Jato. Tanto que, mesmo com a piora das expectativas para o PIB (Produto Interno Bruto) e para a inflação, o CDS (credit default swap) brasileiro se mantém em queda nesta sessão.
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Espécie de seguro contra o calote da dívida do país e indicador da percepção de risco da economia, o CDS recuava há pouco 1,24%, para 410 pontos.
O dólar à vista avançava 1,20% há pouco, para R$ 3,7720, enquanto o dólar comercial ganhava 0,29%, a R$ 3,7720.
Hideaki Ilha, operador de câmbio da Fair Corretora, avalia que a moeda americana sofre um ajuste. "O mercado de câmbio passa por uma correção, após a forte queda do dólar na semana passada", afirma. "Mas a perspectiva do mercado ainda é positiva com uma possível queda do governo."
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Segundo Ilha, a alta das commodities no mercado internacional limita um avanço maior do dólar ante o real nesta segunda-feira.
Os juros futuros também passam por um ajuste: o contrato de DI para janeiro de 2017 subia de 14,050% para 14,100%, e o DI para janeiro de 2021 avançava de 14,700% para 14,760%.
Bolsa
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O Ibovespa recuava há pouco 0,12%, aos 49.027,46 pontos, após iniciar a sessão em alta e inverter o sinal algumas vezes. No entanto, a disparada das ações da Vale e de siderúrgicas segura uma queda maior do índice.
As ações da Vale ganhavam 9,98%, a R$ 12,89 (PNA) e 11,84%, a R$ 18,51 (ON), acompanhando os preços do minério de ferro para entrega imediata na China, que saltaram 19,5% nesta segunda-feira. A commodity foi impulsionada por expectativas de que as siderúrgicas chinesas aumentarão a produção de aço no curto prazo.
As ações de siderúrgicas também exibiam ganhos expressivos: CSN ON (+10,58%); Gerdau PN (+3,83%); Gerdau Metalúrgica PN (+3,01%); e Usiminas PNA (+6,61%).
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As ações da Petrobras se revezam entre altas e baixas. Há pouco, o papel preferencial caía 0,41%, a R$ 7,20, enquanto o ordinário recuava 0,70%, a R$ 9,91, em um movimento de realização de lucros.
O petróleo, no entanto, era negociado em alta no mercado internacional: em Londres, o Brent subia 1,60%, a US$ 39,34 o barril; nos EUA, o WTI ganhava 2,42%, a US$ 36,79.
No setor financeiro, as ações também caem com investidores embolsando os ganhos da semana passada: Itaú Unibanco PN (-1,78%); BM&FBovespa ON (-5,87%); Bradesco (-3,30%); Banco do Brasil ON (-0,82%).
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Nos EUA, os índices acionários abriram em queda: o Dow Jones recuava 0,22% há pouco, o S&P 500 perdia 0,31% e o Nasdaq, -0,65%.
As Bolsas europeias também operavam majoritariamente em baixa: Londres (-0,94%); Paris (-0,87%); Frankfurt (-0,89%); Madri (-0,79%); e Milão (-1,85%).
Na Ásia, as principais Bolsas chinesas subiram pela quinta sessão seguida, lideradas pelas ações de matérias-primas, após uma série de garantias dadas pelas autoridades do país de que a economia vai permanecer sólida.
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