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A proposta que autoriza a aplicação de testes rápidos em farmácias e drogarias para detectar o novo coronavírus foi aprovada nesta terça-feira (28) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A medida deve valer durante o período de emergência em saúde pública devido à pandemia.
Em geral, os testes rápidos, também chamados de sorológicos, usam uma pequena amostra de sangue, que é inserida em uma plataforma, para detecção de anticorpos para o Sars-Cov-2. O resultado leva em torno de 10 a 30 minutos.
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Especialistas e a própria Anvisa, porém, têm apontado limitações nesse tipo de teste, como o risco de resultado falso negativo.
Protocolo adotado pelo Ministério da Saúde para uso desses testes em profissionais de saúde, por exemplo, prevê que esse tipo de exame seja usado apenas após o oitavo dia de sintomas e como ferramenta complementar de diagnóstico, sem que ele seja definitivo.
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Outro tipo de teste, mais preciso, usa a técnica de RT-PCR, voltado à análise de material genético do vírus, mas seu resultado demora mais tempo.
Ao defender a proposta, o diretor-presidente substituto da agência, Antonio Barra, frisou que resultados negativos de testes rápidos não excluem a infecção e que resultados positivos não devem ser usados como evidência absoluta.
Ele defendeu, porém, a aprovação da medida como forma de ampliar o acesso à testagem no país e diminuir a procura por serviços de saúde na rede pública.
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Para Barra, a aplicação recente desse tipo de exame em alguns municípios por meio de postos volantes, como em sistema drive-thru, abre espaço também para aplicação em farmácias.
Ele citou leis atuais que trazem regras para farmácias no país, como necessidade de haver a presença de farmacêutico no estabelecimento em todo o horário de funcionamento.
Barra não detalhou, no entanto, quais devem ser os requisitos mínimos para aplicação dos testes nesses locais e quais medidas devem ser adotadas para evitar o risco de transmissão.
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Questionada, a Anvisa informou que publicará duas notas técnicas com orientações às farmácias. A ideia é organizar um fluxo específico para atendimento desses casos.
O diretor nega riscos. "Fazemos hoje testes em via pública, portanto não há que se considerar riscos de fazer testes em ambiente protegido e sobre regramento sanitário", disse.