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CoronaVac começa a ser produzida no Butantan; 'histórico', diz Doria

Fábrica do Instituto Butantan vai funcionar 24h por dia, 7 dias por semana; intenção é produzir 1 milhão de doses da CoronaVac por dia

Bruno Hoffmann

Publicado em 10/12/2020 às 14:00

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João Doria, governador de SP, durante coletiva na tarde desta quinta-feira / Reprodução/Governo de SP

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Mesmo sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o governador João Doria (PSDB) anunciou na tarde desta quinta-feira que o Instituto Butantan começou a produzir no dia anterior a CoronaVac em sua fábrica na cidade de São Paulo, com insumos que vieram da empresa chinesa Sinovac. A intenção é a de fabricar 1 milhão de doses diárias do imunizante. “É um momento histórico que orgulha todos nós brasileiros”, disse o governador.

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Além de não ter autorizada a CoronaVac, a Anvisa afirmou ainda que não recebeu os resultados da fase 3 de pesquisas com o produto, etapa fundamental para atestar a segurança do imunizante. A discussão sobre o cronograma da vacina tem sido motivo de discussões públicas entre Doria e o governo federal.

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No anúncio desta quinta, o tucano explicou que, para dar conta da produção, a fábrica do Instituto Butantan passou a funcionar de forma ininterrupta, “24 horas por dia e sete dias por semmana”. Ele anunciou também que o Butantan foi autorizado a contratar mais 120 técnicos para reforçar a produção da vacina, que irão se juntar aos 245 profissionais que já estão diretamente envolvidos com o desenvolvimento da CoronaVac no País. “Com isso, a capacidade de produção da vacina chegara a 1 milhão de doses por dia”.

Doria anunciou que 12 estados, incluindo São Paulo, e 912 municípios do País já formalizaram a solicitação para adquirir a vacina do Butantan, com o intuito de imunizarem os profissionais de saúde. O tucano voltou aa repetir que a vacina se inicia em 25 de janeiro, conforme o Plano Estadual de Imunização (PEI).

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“Não é só São Paulo que tem pressa, é o povo brasileiro que quer voltar à normalidade, e o novo normal depende da vacina. Uma vacina segura, eficaz, com credibilidade, que permita a imunização de brasileiros em São Paulo e em outros estados brasileiros. Repito: o anseio pela vacina é nacional”, prosseguiu Doria.

O governador paulista voltou a criticar o governo federal ao dizer que é necessário eliminar “qualquer viés político e ideológico” em relação ao tema e disse que o Brasil não pode ficar assistindo ao mundo inteiro se vacinar enquanto o País prossegue “numa discussão e num debate interminável” sobre o tema.

PEI

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O governador João Doria (PSDB) apresentou na tarde desta segunda-feira o Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19. De acordo com o calendário, a imunização com a Coronavac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac com o Instituto Butantan, vai se iniciar em 25 de janeiro, com profissionais da saúde, indígenas e quilombolas.

Segundo o plano estadual, as pessoas com 75 anos ou mais poderão tomar a primeira dose da Coronavac em 8 de fevereiro. Depois, o público entre 70 e 74 anos em 15 de fevereiro, entre 65 e 69 anos em 22 de fevereiro e entre 60 e 64 anos em 1º de março. Todos precisarão tomar a segunda dose 21 dias depois. A vacina será gratuita.

Casos em crescimento

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Os casos da doença no estado de São Paulo estão em crescimento e, nesta quinta, São Paulo registrou 200 novas mortes por Covid-19, e já tem hospitais públicos na Capital com mais de 90% de ocupação dos leitos de enfermaria e de UTI para a doença.

De forma geral, segundo o governo paulista, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 64,3% na Grande São Paulo e 58% no Estado. O número de pacientes internados é de 10.394, sendo 5.998 em enfermaria e 4.396 em unidades de terapia intensiva.

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