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Conferência do Clima da ONU está prestes a acontecer e terá participação da Baixada Santista em debates sobre sustentabilidade e indústria verde
Realizar a COP30 em Belém não é coincidência: a Amazônia é uma das regiões mais estratégicas do planeta para o equilíbrio climático / Reprodução/TV Brasil
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Você provavelmente já ouviu o nome “COP30” em noticiários, mas talvez ainda não saiba exatamente o que significa.
A sigla vem de Conference of the Parties (Conferência das Partes), um encontro anual organizado pela ONU para discutir soluções globais contra as mudanças climáticas.
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Em 2025, o evento chega à sua 30ª edição — e o Brasil será o protagonista, já que a COP30 será realizada em Belém (PA), entre 10 e 21 de novembro.
Será a primeira vez que o coração da Amazônia recebe líderes mundiais, cientistas e ativistas para decidir os próximos passos do combate ao aquecimento global.
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A COP não é apenas uma reunião de governos. É um espaço onde mais de 190 países debatem como reduzir as emissões de gases de efeito estufa, proteger florestas, financiar projetos sustentáveis e adaptar comunidades aos impactos climáticos.
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Mas a COP30 tem um peso especial. Ela será considerada a “COP da implementação”, ou seja, o momento em que o mundo precisa colocar em prática as promessas feitas no Acordo de Paris, de 2015 — quando foi definido o limite de 1,5 °C de aquecimento global.
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Belém será o palco onde os países deverão apresentar novas metas de redução de emissões (as NDCs) e mostrar resultados concretos.
Realizar a COP30 em Belém não é coincidência. A Amazônia é uma das regiões mais estratégicas do planeta para o equilíbrio climático. Suas florestas armazenam bilhões de toneladas de carbono e regulam o regime de chuvas em toda a América do Sul.
Ao sediar a conferência, o Brasil assume o papel de porta-voz das florestas tropicais, dos povos indígenas e da justiça climática — temas que estarão no centro das negociações.
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Além disso, a presença da COP30 na região deve gerar impactos econômicos positivos para o Pará e chamar atenção internacional para os desafios locais, como o desmatamento e a sustentabilidade da produção na Amazônia.
A Baixada Santista também terá participação de destaque na COP30. A região foi reconhecida por suas iniciativas ambientais e industriais sustentáveis — com Cubatão sendo a única cidade do estado de São Paulo a integrar a “Zona Azul” (Blue Zone), área das negociações oficiais do evento.
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O município apresentará, no dia 15 de novembro, um portfólio de projetos de transição energética, descarbonização e recuperação ambiental, consolidando sua imagem de cidade que superou o rótulo de “Vale da Morte” para se tornar referência em indústria verde.
A participação da região reforça a importância do litoral paulista na construção de soluções sustentáveis — tanto por seu potencial portuário e industrial, quanto pelos desafios ambientais que enfrenta, como elevação do nível do mar e erosão costeira.
A COP é realizada todos os anos desde 1995. Veja alguns momentos que mudaram a história da luta contra o aquecimento global:
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1997 – COP3 (Japão): criação do Protocolo de Kyoto, primeiro tratado com metas obrigatórias.
2015 – COP21 (França): assinatura do Acordo de Paris, marco da diplomacia climática.
2022 – COP27 (Egito): criação do Fundo de Perdas e Danos, para ajudar países afetados por eventos extremos.
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2023 – COP28 (Dubai): pela primeira vez, o texto final mencionou a transição para longe dos combustíveis fósseis.
Agora, em 2025, a COP30 promete ser um divisor de águas: o mundo quer ver resultados concretos, e não apenas discursos.
A conferência discutirá desde financiamento climático — ou seja, como países ricos podem apoiar financeiramente as nações mais vulneráveis — até temas como energia limpa, preservação ambiental e inovação verde.
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Se as negociações avançarem, a COP30 pode definir o rumo das políticas climáticas até 2035. Se falharem, o risco é ultrapassar os limites seguros do aquecimento global, com consequências cada vez mais graves: secas, enchentes, perda de biodiversidade e insegurança alimentar.
Além da visibilidade internacional, o Brasil tem a chance de mostrar liderança ambiental, fortalecendo sua imagem como potência verde. A conferência também deve impulsionar o turismo, a economia local e a cooperação entre governos, universidades e comunidades amazônicas.
E a Baixada Santista, com sua experiência em reconversão industrial e projetos sustentáveis, pode ganhar destaque como exemplo de transição ecológica em regiões urbanizadas e costeiras.
Para a população, o evento é um convite à reflexão: o que cada um pode fazer para reduzir seu impacto ambiental? Afinal, o futuro do planeta começa nas pequenas atitudes do presente.