Brasil

Conselho do patrimônio rejeita tombar complexo esportivo do Ibirapuera

Na prática, medida autoriza Doria a conceder a estrutura para a iniciativa privada; decisão foi influenciada por uma alteração do Condephaat ano passado

Gazeta de S. Paulo

Publicado em 01/12/2020 às 16:10

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Complexo esportivo do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo / Divulgação/Governo de SP

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O Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), órgão do Governo de São Paulo de preservação do patrimônio, rejeitou na segunda-feira (30) abrir um processo de estudo de tombamento do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera, zona sul da Capital.

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Na prática, a medida autoriza a gestão do governador João Doria (PSDB) a conceder a estrutura para a iniciativa privada, já que, em caso de tombamento, ficariam proibidas obras de alterações arquitetônicas no local. De acordo com o blog Olhar Olímpico, do “UOL”, o governo estadual tem planos de modificar amplamente o complexo. A intenção seria conceder o espaço para a iniciativa privada pro 35 anos.

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O estudo referencial, que embasa o edital de privatização, indica a transformação do ginásio do Ibirapuera em um shopping center. No local do complexo aquático seria erguida uma torre comercial. E, no lugar do estádio de atletismo, seria construída uma arena para 20 mil pessoas.

Segundo o Olhar Olímpico, a decisão sobre o complexo foi influenciada por uma alteração do Condephaat promovida por Doria no ano passado. Antes, o órgão tinha 30 conselheiros, sendo quase metade deles, 14, representantes de universidades. Quando assumiu o governo, o governador tucano cortou o número de cadeiras das universidades para apenas cinco, mantendo 13 para o próprio governo. Agora são 24 conselheiros no total, sendo 13 de órgãos da administração estadual e só cinco das universidades.

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Na reunião de segunda-feira, os cinco representantes de universidades votaram a favor pelo estudo do tombamento. Enquanto isso, votaram contra a possibilidade de se estudar tombar o complexo todos os 13 representantes do governo Doria, entre outros.

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