Hoje, é reconhecida oficialmente pelo Instituto Ranking Brasil como a maior do país, superando inclusive a de Caruaru (PE), sua eterna rival cultural / Rondinelle de Paula/PMCG
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No coração do Agreste paraibano, Campina Grande é uma das cidades mais vibrantes e acolhedoras do país. Com pouco mais de 420 mil habitantes, ela é um raro exemplo de cidade que cresce sem perder a essência nordestina — misturando tecnologia, cultura e hospitalidade em doses iguais.
Conhecida como a Rainha da Borborema, Campina carrega títulos de peso: é capital cultural da Paraíba, polo tecnológico de referência nacional e, claro, sede do Maior São João do Mundo, um evento que transforma o município em um verdadeiro arraial durante 30 dias de festa.
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A grandiosa festa junina de Campina Grande começou em 1983, de forma modesta, com uma palhoça montada para o povo dançar forró. Hoje, é reconhecida oficialmente pelo Instituto Ranking Brasil como a maior do país, superando inclusive a de Caruaru (PE), sua eterna rival cultural.
Durante um mês inteiro, o Parque do Povo se transforma no coração do Nordeste. São 31 noites de shows, quadrilhas juninas, comidas típicas e tradições populares que atraem mais de 2 milhões de visitantes.
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O evento foi incluído no calendário turístico nacional em 1987, e desde então se tornou sinônimo de alegria, identidade e orgulho paraibano. Campina também é recordista na maior quadrilha junina do Brasil, com 1.049 pares dançando juntos — feito registrado em 2013.
Além da festa, Campina Grande respira cultura o ano todo. Entre os destaques estão o Museu de Arte Popular da Paraíba — conhecido como Museu dos Três Pandeiros, última obra projetada por Oscar Niemeyer — e o Açude Velho, cartão-postal da cidade e ponto de encontro dos moradores.
Outros atrativos imperdíveis incluem a Vila do Artesão, com lojinhas e oficinas de arte popular; o Teatro Municipal Severino Cabral, um ícone da cultura paraibana; e o Parque da Criança, área verde urbana que reforça o equilíbrio entre tradição e modernidade.
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A cidade também sedia eventos como o Festival de Inverno da Borborema e o Encontro para a Consciência Cristã, que movimentam o calendário cultural ao longo do ano.
Reconhecida como o Vale do Silício Nordestino, Campina Grande abriga importantes instituições como a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB).
A cidade é referência em pesquisa tecnológica e desenvolvimento de startups, unindo o talento do povo nordestino à criatividade e à inovação.
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Com infraestrutura crescente, universidades renomadas e custo de vida acessível, Campina se destaca também como uma das melhores cidades para morar no Nordeste.
A gastronomia local é um capítulo à parte. Nos restaurantes e feiras, é possível saborear o autêntico empadão paraibano, o arrumadinho, a carne de sol, o rubacão e uma variedade de doces de milho e pamonhas típicos do período junino.
Mas o tempero especial de Campina está mesmo na hospitalidade de seu povo, sempre pronto para receber com sorriso e forró.
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Com clima tropical de altitude e temperaturas médias entre 18 °C e 28 °C, Campina Grande tem um dos climas mais agradáveis do Nordeste.
A melhor época para visitar é entre junho e julho, durante o São João, quando a cidade vive sua fase mais festiva.
Mas entre agosto e novembro, o tempo seco e as temperaturas amenas favorecem passeios tranquilos e culturais.
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Campina Grande está a 130 km de João Pessoa e a cerca de 255 km de Recife, com acesso pela BR-230 (Transamazônica).
O Aeroporto Presidente João Suassuna (CPV) recebe voos regulares das companhias Azul e Gol, conectando a cidade a diversos destinos do país.
Para quem prefere o transporte rodoviário, empresas como Progresso e Catedral mantêm rotas diárias para as principais capitais do Nordeste.
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Campina Grande é o tipo de cidade que vive a tradição sem abrir mão da modernidade. É onde o forró se mistura com a tecnologia, onde as quadrilhas dançam sob luzes de LED e onde o povo transforma cultura em celebração.
Entre a batida do zabumba e o som dos teclados das startups, Campina prova que o Nordeste pode ser moderno sem perder a alma — e que a alegria continua sendo seu maior patrimônio.