Brasil

Cientistas encontram pegadas de dinossauros na Amazônia brasileira em descoberta espantosa

Achado reposiciona Roraima no mapa paleontológico e abre novas frentes de estudo

Jeferson Marques

Publicado em 29/10/2025 às 14:07

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

As pegadas correspondem a várias espécies, segundo os pesquisadores / Reprodução/Youtube

Continua depois da publicidade

Pesquisadores da Universidade Federal de Roraima (UFRR) confirmaram a existência de pegadas fossilizadas de dinossauros no município de Bonfim, ao norte do estado, em afloramentos rochosos (lajedos) da bacia do rio Tacutu.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O registro é apontado como o primeiro do tipo na Amazônia brasileira e resulta de 14 anos de investigação, iniciada em 2011 durante mapeamentos geológicos liderados pelo geólogo Vladimir de Souza, com participação de Carlos Eduardo Vieira e Lucas Barros. As análises situam as trilhas no Cretáceo, com cerca de 110 milhões de anos.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Há 80 milhões de anos, dinossauros viviam nesta cidade do interior de SP

• Obras em rodovia são suspensas após descoberta de fósseis mais antigos que dinossauros

• Mamífero extinto era tão alto quanto os dinossauros e mais pesado que 2 elefantes

As marcas aparecem em extensas superfícies de arenito e formam trilhas com mais de 30 metros em alguns pontos, com sequências que se cruzam, sugerindo uso contínuo da área por diferentes espécies.

Detalhes

O conjunto inclui pegadas atribuídas a dinossauros herbívoros e carnívoros — entre eles saurópodes (de pescoço e cauda longos) e terópodes, com menções a formas de velociraptor — e há indícios de animais que ultrapassavam 10 metros.

Continua depois da publicidade

Segundo os pesquisadores, pelo menos seis gêneros já foram identificados e o total pode superar 20, à medida que novas áreas forem estudadas.

Do ponto de vista paleoambiental, as rochas indicam antigas planícies áridas a semiáridas com lagos rasos e margens arenosas, condições favoráveis à preservação das pegadas.

A confirmação do achado tem repercussão científica e econômica: além de aprofundar o entendimento sobre a distribuição dos dinossauros no Norte do Brasil, o grupo estuda a criação de rotas paleontológicas e a proposta de um parque/geo-parque para educação científica e turismo sustentável na região de Bonfim.

Continua depois da publicidade

 

TAGS :

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software