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Cidade brasileira que vive do luto garante o sustento de centenas de pessoas; conheça

A cidade concentra quatro empresas que, juntas, fabricam cerca de 7 mil caixões por mês, movimentando a economia local

Isabella Fernandes

Publicado em 18/09/2025 às 12:01

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Grão-Pará, um pequeno município com pouco mais de 6.500 habitantes no sul de Santa Catarina / Freepik e Divulgação/Prefeitura de Grão-Pará

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Grão-Pará, um pequeno município com pouco mais de 6.500 habitantes no sul de Santa Catarina, guarda um título curioso: é uma das maiores produtoras de urnas funerárias do estado.

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A cidade concentra quatro empresas que, juntas, fabricam cerca de 7 mil caixões por mês, movimentando a economia local e gerando cerca de 200 empregos diretos.

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Segundo a prefeitura, Grão-Pará é responsável por cerca de 40% da produção de caixões de Santa Catarina. Em um município onde a agricultura ainda predomina, a indústria funerária se firmou como um setor de peso, literalmente.

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Divulgação/Prefeitura de Grão-Pará
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Da marcenaria ao caixão

A atividade começou ainda na década de 1990. Desde então, as empresas expandiram suas operações, firmando contratos com funerárias de toda a região Sul. O processo de fabricação inclui marcenaria, corte e prensagem da madeira, aplicação de verniz, montagem de acessórios e o acabamento final das urnas.

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Além das urnas, algumas fábricas também produzem molduras e componentes de madeira, aproveitando a estrutura já montada.

Treinamento e geração de empregos

Para manter a produção mensal de 7 mil caixões, as empresas locais oferecem capacitação prática em marcenaria e acabamento, o que permite formar mão de obra especializada e empregar diretamente cerca de 200 pessoas.

A demanda constante de funerárias regionais garante estabilidade e regularidade nos pedidos, o que ajuda a manter os empregos e a movimentar a economia.

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A agricultura ainda é o coração da cidade

Apesar da força da indústria funerária, a base econômica de Grão-Pará ainda é a agropecuária. A cidade se destaca na suinocultura e cultivo de fumo, mas também produz milho, feijão, frutas, leite e aves, além de atividades em piscicultura e apicultura.

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Essa variedade de produtos garante emprego no campo e ajuda a equilibrar a economia local, que combina indústria e agricultura de forma complementar.

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Madeira, alumínio e confecção: a economia que se diversifica

O setor madeireiro é um pilar importante da cidade. As serrarias fornecem matéria-prima para os caixões e também para outros produtos, como molduras. Além disso, Grão-Pará abriga indústrias de alumínio e confecções têxteis, o que amplia as oportunidades de trabalho e gera renda.

Especialistas destacam que a diversificação da economia é uma das razões pelas quais Grão-Pará se mantém estável, mesmo com a população reduzida.

O equilíbrio entre tradição e inovação

Com uma localização estratégica e uma comunidade trabalhadora, Grão-Pará se tornou uma referência em um setor pouco falado, mas essencial: o funerário. Ao mesmo tempo, continua valorizando sua tradição agrícola e investindo na coexistência de diferentes ramos produtivos.

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A cidade mostra que, mesmo longe dos grandes centros, é possível crescer com criatividade, aproveitar os recursos locais e gerar oportunidades reais, até mesmo com um produto que ninguém quer usar, mas todo mundo precisa.

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