*Foto apenas ilustrativa, que não representa o local citado ou seus frequentadores / Kamaji Ogino
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Comerciantes de Mato Grosso decidiram fechar seus estabelecimentos nesta semana em apoio às manifestações bolsonaristas que tomaram as estradas do estado. A "greve" contra os próprios negócios se concentrou em cidades do norte mato-grossense, como Sinop, Lucas do Rio Verde e Sorriso, onde um pai precisou brigar com um manifestante para seguir viagem com o filho que passaria por uma cirurgia no olho em Cuiabá. O menino de nove anos havia sofrido um acidente na escola e corria o risco de ficar cego.
A capital do estado não ficou de fora da onda de solidariedade que se formou em torno dos atos golpistas. Entre 12 e 16 de novembro, um clube de swing, que se mostrou alinhado à tendência, decidiu fechar as portas, em protesto contra o resultado das urnas.
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O anúncio foi feito nas redes sociais da Fire Club, casa liberal localizada no bairro Shangri-lá que possui 1.474 seguidores só no Instagram.
"Diante do momento que nosso país atravessa e em respeito às manifestações, estaremos fechados. Voltaremos normalmente na próxima semana. Agradecemos os clientes e amigos pela compreensão.".
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"Deus, pátria, família e swing", comentou uma usuária em tom de deboche.
Um dos comentários perguntava, em tom de ironia, quando os casais patriotas poderiam voltar às surubas na casa.
No dia 23, a casa organizou uma festa com um nome peculiar: "A p*taria só tá começando".
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E, num aparente trocadilho com uma frase recorrente da base bolsonarista, segundo a qual a chegada de Jair Bolsonaro (PL) ao poder representava o fim da "mamata", a Fire Club criou a festa "Voltou a mamada", com direito a show de striptease, DJ e sexo no palco.