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Bolsonaro tentou quebrar tornozeleira às 0h08 e fugiria durante vigília, aponta documento

Mobilização em frente a casa do ex-presidente seria para facilitar sua fuga, afirma Moraes

Jeferson Marques

Publicado em 22/11/2025 às 08:54

Atualizado em 22/11/2025 às 09:05

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O ex-presidente Jair Bolsonaro está preso preventivamente / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou deliberadamente violar sua tornozeleira eletrônica na madrugada deste dia 22/11/2025, às 0h08, com “inten­ção de garantir êxito em sua fuga”.

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A informação, segundo o ministro, foi encaminhada pelo Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal e contradiz a versão de que o dispositivo somente apresentava falhas técnicas.

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Na mesma decisão, Moraes também aponta que a tentativa de rompimento da tornozeleira teria sido facilitada por uma vigília convocada por aliados de Bolsonaro em frente à sua residência no condomínio do Jardim Botânico (Brasília), que teria criado “confusão” propícia à fuga. Essa mobilização, por sua vez, serviu de um dos fundamentos para a decretação da prisão preventiva do ex-mandatário.

A decisão detalha ainda que Bolsonaro já havia sido condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, e que a proximidade do início do cumprimento da pena aumentava o risco de fuga. Nesse contexto, a suposta violação da tornozeleira e a convocação de apoio foram consideradas “padrões reiterados de evasão do território nacional” e “alto risco” à ordem pública.

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A defesa de Bolsonaro nega qualquer intenção de fuga e afirma que o equipamento apresentou defeito. Contudo, para o ministro, os elementos apontam que “a ordem pública e a instrução criminal exigem a medida extrema da prisão preventiva”.

 

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