Brasil
Milhares de aposentados podem estar sofrendo descontos ilegais no benefício do INSS. Saiba como verificar e se proteger dessas cobranças indevidas
Entidades fantasmas estariam aplicando descontos mensais nos benefícios sem autorização dos segurados / Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Uma operação recente do Ministério da Previdência Social acendeu um alerta: milhares de aposentados podem estar sendo vítimas de descontos ilegais no benefício do INSS, realizados por associações, sindicatos ou entidades que sequer foram autorizadas pelos beneficiários.
A investigação, que envolveu cruzamento de dados e auditorias internas, revelou indícios de fraudes sistemáticas em diversas regiões do país.
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Segundo o governo, entidades fantasmas estariam aplicando descontos mensais nos benefícios sem autorização dos segurados. A prática irregular já motivou uma série de ações para bloquear cobranças suspeitas, além de abrir canais de denúncia para os aposentados.
Em janeiro, o INSS iniciou um pente-fino para identificar possíveis fraudes por parte dos beneficiários.
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Para saber se você está sendo lesado, é fundamental consultar o extrato de pagamento do seu benefício no portal Meu INSS. A verificação é simples e pode revelar cobranças escondidas sob nomes genéricos como “mensalidade associativa” ou “contribuição sindical”.
Entre com seu login Gov.br. Caso não tenha, é possível criar na hora.
O documento traz todos os créditos e débitos do seu benefício mensal.
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Fique atento a nomes de entidades que você desconhece ou valores que não autorizou.
Volte à tela inicial e busque por “contestação de desconto” para registrar sua reclamação.
Comprovantes, capturas de tela e registros ajudam a fortalecer sua denúncia.
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O andamento do pedido pode ser consultado na seção “Meus Pedidos”.
De acordo com o Ministério da Previdência, a fraude consiste na inclusão automática de aposentados em cadastros associativos — sem que eles sequer tenham conhecimento da filiação. A cobrança então é feita diretamente no pagamento da aposentadoria.
A operação, que ainda está em andamento, já resultou no bloqueio de valores suspeitos e no descredenciamento de entidades que não comprovaram autorização formal dos beneficiários.
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A legislação é clara: qualquer desconto no benefício do INSS precisa de autorização expressa do beneficiário. Descontos feitos sem consentimento podem ser suspensos, e os valores cobrados devem ser devolvidos com correção monetária.