BRASIL

Americanas demite mais de 9.000 em sete meses de recuperação judicial

A varejista, uma das maiores do país, tanto em rede física quanto no comércio eletrônico, entrou em recuperação judicial em 19 de janeiro

DANIELE MADUREIRA - FOLHAPRESS

Publicado em 25/08/2023 às 22:05

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Lojas Americanas em Guarujá / Reprodução

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A Americanas, em recuperação judicial, com dívidas declaradas de R$ 42,5 bilhões, demitiu 9.175 funcionários e fechou 72 lojas (4% do total de pontos de venda) nos últimos sete meses.

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A varejista, uma das maiores do país, tanto em rede física quanto no comércio eletrônico, entrou em recuperação judicial em 19 de janeiro.

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Os dados foram levantados pela Folha de S.Paulo com base em informações enviadas pela companhia à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e confirmados pela própria Americanas.

Os registros vão até o dia 20 de agosto. Apenas na semana de 14 a 20 de agosto, foram 1.450 demissões, com o fechamento de três lojas.

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Hoje, a varejista soma 33.948 funcionários diretos e 1.806 pontos de venda. Em 12 de janeiro, dia seguinte ao anúncio de R$ 20 bilhões em "inconsistências contábeis" no balanço da companhia, que deu origem à crise, a Americanas somava 43.123 colaboradores.

De acordo com a companhia, o desligamento de colaboradores decorre da "reestruturação de algumas frentes de negócio em seu plano de transformação".

Segundo a empresa, "os números de demissões e pedidos de saída em agosto são equivalentes ao mesmo período do ano anterior, até a data" .

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Segundo o Sindicato dos Comerciários do Rio, onde fica a sede da empresa, foram realizadas 590 homologações desde março, envolvendo funcionários com um ano ou mais de contrato. O sindicato afirma que, nestes casos, todos os direitos trabalhistas foram pagos.

"Estamos indignados com o volume de dispensas que está ocorrendo", diz Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio.

Lista ****  "É preciso lembrar que essa situação acontece exclusivamente por conta de crimes cometidos pelos gestores da empresa. Precisamos acabar com este ciclo em que os bilionários fazem gestões criminosas e quem paga é o funcionário, que perde seu emprego", afirmou.

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Em 13 de junho, um relatório elaborado por assessores jurídicos que acompanham a Americanas desde que a empresa entrou em recuperação judicial, apontou que demonstrações financeiras da varejista vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da companhia, que está sob investigação da CVM, da Polícia Federal e de uma CPI em Brasília.

Leia a íntegra da nota da Americanas:

A Americanas informa que realizou o desligamento de colaboradores diante da reestruturação de algumas frentes de negócio em seu plano de transformação. 

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A companhia reitera que o quadro de funcionários segue a dinâmica sazonal do varejo e que os números de demissões e pedidos de saída em agosto são equivalentes ao mesmo período do ano anterior, até a data.

A companhia continua focada na manutenção de suas operações e no aumento de sua eficiência e reforça seu comprometimento com a transparência na relação com os sindicatos e o cumprimento integral e tempestivo de suas obrigações trabalhistas, na forma da legislação vigente.

A Americanas também ressalta que o fechamento ou abertura de novas lojas faz parte do plano de transformação da companhia, que prevê ajustes imediatos e de curto e médio prazos com foco na rentabilidade e otimização do negócio.

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