O equipamento identifica em tempo real se o tecido examinado é cancerígeno / Reprodução/Youtube/CPRITTexas
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O Brasil se tornou o primeiro país fora dos Estados Unidos a receber os testes da MasSpec Pen System, uma caneta inovadora capaz de detectar câncer em poucos segundos. O estudo está sendo conduzido pelo Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e contará com a participação de 60 voluntários com tumores de pulmão e tireoide ao longo de 24 meses.
Criada pela startup MS Pen Technologies, fundada pela cientista brasileira Lívia Eberlin, a tecnologia busca transformar o diagnóstico oncológico.
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O equipamento identifica em tempo real se o tecido examinado é cancerígeno, permitindo decisões cirúrgicas mais rápidas e precisas, além de reduzir riscos e acelerar a recuperação dos pacientes.
Durante a cirurgia, o dispositivo toca o tecido suspeito e libera uma gota de água estéril. Essa gota absorve moléculas da superfície, que são imediatamente analisadas por um espectrômetro de massas.
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A inteligência artificial do sistema compara os resultados a um banco de dados e indica, em segundos, se as células são malignas.
Atualmente, a confirmação de um câncer depende de biópsias, que podem levar dias para ficarem prontas. Com a nova caneta, o diagnóstico é instantâneo, o que ajuda a definir com precisão as áreas que devem ser removidas e aquelas que podem ser preservadas.
Essa agilidade traz maior segurança às cirurgias e melhora a qualidade de vida dos pacientes no pós-operatório.
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Além da detecção de tumores, os pesquisadores querem avaliar se o sistema pode identificar biomarcadores imunológicos, recurso que pode abrir caminho para tratamentos mais personalizados. Uma outra pesquisa brasileira já revelou, inclusive, que a cera de ouvido pode ajudar a detectar câncer.
Os resultados serão comparados aos exames anatomopatológicos, considerados padrão-ouro no diagnóstico oncológico.
A expectativa é de que, após a conclusão dos estudos, a MasSpec Pen possa ser incorporada de forma ampla em centros cirúrgicos, beneficiando pacientes de diferentes tipos de câncer e reforçando o potencial da tecnologia para salvar vidas.
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