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Brasil surpreende o mundo ao desenvolver uma das armas mais poderosas da atualidade

A arma integra o esforço de modernização das Forças Armadas e representa um avanço relevante no domínio de munições de alta complexidade

Ana Clara Durazzo

Publicado em 03/12/2025 às 09:30

Atualizado em 03/12/2025 às 10:47

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As bombas termobáricas são armas conhecidas por gerar explosões volumétricas extremamente potentes / Divulgação/giro 10

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O desenvolvimento da bomba termobárica Trocano, considerada um dos armamentos mais modernos do arsenal brasileiro, tem colocado o Brasil no centro das discussões sobre tecnologia militar e capacidade estratégica.

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Produzida pela indústria de defesa nacional, a Trocano integra o esforço de modernização das Forças Armadas e representa um avanço relevante no domínio de munições de alta complexidade.

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O interesse pelo artefato cresce tanto pelo seu potencial de emprego tático quanto pela relevância tecnológica que ele agrega à produção militar brasileira. Embora bombas termobáricas não sejam exclusivas do Brasil, o fato de o país desenvolver sua própria versão chama atenção no cenário internacional e reforça o objetivo de ampliar a autonomia e reduzir dependências externas em sistemas de armamentos.

O que é uma bomba termobárica e como funciona?

As bombas termobáricas são armas conhecidas por gerar explosões volumétricas extremamente potentes. Diferentemente dos explosivos convencionais, elas utilizam o oxigênio do ambiente para ampliar o efeito da detonação.

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O funcionamento ocorre em duas etapas:

Dispersão de uma nuvem de combustível inflamável sobre a área-alvo;

Detonação, que provoca uma onda de choque prolongada, de alta pressão e temperatura.

Essa dinâmica faz com que o impacto seja mais destrutivo em ambientes fechados — como túneis, cavernas ou edificações — devido à amplificação das ondas de choque.

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Por isso, essas armas são classificadas como munições de alto poder destrutivo em área, com emprego frequentemente associado a alvos fortificados ou estruturas estratégicas.

Trocano: a bomba termobárica brasileira

A Trocano é descrita por analistas como um armamento de médio ou grande calibre, capaz de ser integrado a aeronaves de ataque, caças ou plataformas específicas de lançamento. Segundo informações divulgadas em eventos do setor de defesa, ela foi projetada para operações que exigem neutralização rápida e precisa de:

Depósitos de munição

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Instalações logísticas

Posições entrincheiradas

Estruturas de difícil acesso

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O artefato reforça a capacidade de ataque de precisão das Forças Armadas e reduz a necessidade de importação de munições semelhantes, trazendo ganhos estratégicos e econômicos ao país.

Além da ogiva termobárica, o projeto brasileiro acompanha tendências internacionais ao incorporar sistemas de guiagem, sensores e softwares de planejamento de missão. Kits de orientação aumentam a precisão, permitindo empregar a bomba em cenários específicos, com menor risco de impacto fora da área planejada.

Características e possíveis usos operacionais

A Trocano foi desenvolvida para missões que exigem alto poder de impacto em áreas delimitadas. Entre os cenários operacionais mais citados estão:

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Destruição de posições defensivas reforçadas

Neutralização de centros logísticos e depósitos

Apoio a tropas em solo, especialmente em ambientes restritos

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Ações táticas em alvos de difícil acesso por meios convencionais

Por gerar uma explosão volumétrica, a bomba costuma ser empregada em situações que pedem grande poder de neutralização com poucos artefatos. No entanto, o uso em áreas urbanas exige análise minuciosa devido ao amplo raio de ação e ao risco de danos colaterais.

Debate ético e legal sobre o uso de armas termobáricas

Apesar de não haver tratados internacionais que proíbam especificamente armas termobáricas, sua utilização é regulada por convenções que tratam da proteção de civis e da proporcionalidade no uso da força.

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Especialistas em direito internacional e organizações humanitárias alertam que o emprego desse tipo de munição requer:

Alvos exclusivamente militares

Cálculo rigoroso de danos colaterais, especialmente em áreas urbanas

Compatibilidade com o Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA)

Registro e avaliação pós-operação para revisão doutrinária

O debate gira em torno do equilíbrio entre a necessidade militar e os impactos humanitários, questão frequente em discussões sobre armas de alto poder destrutivo.

Impacto estratégico e tecnológico para o Brasil

O desenvolvimento da Trocano indica um movimento de fortalecimento da base industrial de defesa brasileira. Ao produzir internamente uma munição complexa e de alto desempenho, o país:

Amplia sua autonomia tecnológica

Reduz vulnerabilidade a restrições de exportação

Reforça parcerias internacionais no setor de defesa

Projeta maior presença em programas globais de cooperação militar

Por outro lado, o avanço da capacidade bélica exige do Estado políticas transparentes e responsáveis sobre uso, exportação e regulamentação.

Discussão deve seguir em destaque

A bomba termobárica Trocano se insere em um cenário que combina inovação militar, marcos legais e debates éticos. Com a modernização das Forças Armadas e o aumento do interesse público por tecnologias de defesa, a discussão sobre esse tipo de armamento deve permanecer em pauta, especialmente diante do desafio de conciliar poder destrutivo, responsabilidade internacional e proteção de civis.

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