Amigos olham mensagem no celular de antiga operadora / Imagem gerada por IA/DL
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A Nextel chegou ao Brasil como um sopro de modernidade: sua rede utilizava a tecnologia iDEN, o famoso “rádio no celular” com função de push-to-talk — uma proposta que misturava praticidade e nostalgia, muito apreciada por quem gostava da ideia de usar o celular como walkie-talkie.
Com o avanço das redes de dados móveis (3G, 4G) e a popularização dos aplicativos de mensagem, o diferencial da Nextel foi perdendo força. Em março de 2018, a empresa desligou sua rede iDEN — o que marcou o fim oficial do serviço de “rádio-celular”.
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Sem o apelo da tecnologia original e em um mercado cada vez mais competitivo, a Nextel tornou-se alvo de consolidação. Em 18 de março de 2019, o grupo América Móvil — controladora da Claro no Brasil — anunciou a aquisição de 100% da Nextel por US$ 905 milhões (equivalente, à época, a cerca de R$ 3,47 bilhões). Após aprovação dos órgãos regulatórios, a compra foi concluída no fim de 2019, e a Nextel deixou de existir como marca independente.
A partir de outubro de 2020, os antigos clientes da Nextel foram migrados para a rede da Claro, e a marca passou a operar sob o nome Claro NXT — com acesso à infraestrutura mais ampla e moderna da Claro, planos reajustados e cobertura maior. Com a fusão, a Claro reforçou sua participação no mercado de telefonia móvel no Brasil, absorvendo cerca de 3,3 milhões de linhas da antiga Nextel.
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O fim da Nextel simboliza o encerramento de uma era — a do “rádio-celular” e da comunicação instantânea pré-smartphone — e mostra como a evolução tecnológica, o comportamento dos usuários e a consolidação do mercado transformaram completamente o setor no país.