A característica que mais chama atenção em Giethoorn é sua impressionante estrutura aquática: são mais de 7,5 km de canais, conectados por cerca de 180 pontes de madeira / Vincent van Zeijst/Wikimédia Commons
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No norte da Holanda, existe um lugar onde o tempo parece correr em outro ritmo. Em Giethoorn, cidade apelidada de 'Veneza holandesa', as ruas não são de asfalto, são de água. Em vez de carros, o que circula pelos caminhos estreitos são barcos elétricos, canoas silenciosas e pequenas embarcações que deslizam sobre uma extensa rede de canais.
Com seu centro histórico totalmente livre de automóveis, a vila se tornou um dos destinos mais encantadores e fotografados do país, atraindo turistas do mundo inteiro em busca de paz, natureza e um urbanismo que prioriza a tranquilidade.
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A característica que mais chama atenção em Giethoorn é sua impressionante estrutura aquática: são mais de 7,5 km de canais, conectados por cerca de 180 pontes de madeira. Muitas casas ficam em pequenas ilhas, acessadas apenas por passarelas ou por barcos.
A arquitetura tradicional inclui telhados de palha e construções antigas com cozinhas separadas do corpo principal da casa — um recurso histórico para evitar incêndios. Jardins cuidadosamente floridos acompanham o contorno dos canais, criando uma paisagem tão delicada quanto cinematográfica.
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No lugar do barulho de motores, o som predominante é o da água batendo suavemente nos barcos, o canto de aves e o farfalhar das árvores.
Em Giethoorn, a vida cotidiana se organiza de forma completamente diferente das cidades tradicionais. Os moradores usam barcos como “carros”, navegando pelos canais para ir ao mercado, à escola ou ao trabalho, enquanto pequenas embarcações ecológicas, conhecidas como 'sussurradores', garantem deslocamentos silenciosos.
As casas são ligadas por trilhas, gramados e pontes estreitas, o que dá ao local um clima de aldeia encantada. Muitos jardins terminam diretamente na água, e diversas propriedades possuem 'vagas de barco' no lugar de garagens.
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Tudo foi projetado para manter um ritmo tranquilo e sustentável, transformando o simples ato de se deslocar em uma experiência naturalmente pacífica.
A origem dos canais remonta ao século XIII, quando a vila foi fundada por agricultores e mineradores de turfa. O material retirado do solo deixou valas profundas, que com o tempo foram inundadas, dando origem às vias aquáticas.
Esses canais se tornaram:
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meios de transporte essenciais em uma região pantanosa;
rotas naturais para pessoas, mercadorias e animais;
uma alternativa eficiente à construção de estradas;
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parte definitiva do modo de vida local.
Com o passar dos séculos, o modelo foi mantido e aprimorado, e o centro da cidade segue protegido contra o tráfego de veículos. Carros só podem ser estacionados nos arredores da vila.
A vila oferece experiências únicas para quem busca uma viagem diferente. É possível alugar um barco para navegar pelos canais e contemplar as casas históricas, caminhar pelas trilhas e atravessar as charmosas pontes de madeira que cortam os jardins, além de visitar o Museu Giethoorn, que preserva a história e as tradições locais.
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Fotografar a paisagem também é um dos grandes atrativos, especialmente na primavera, quando a vila fica repleta de flores. No verão, passeios guiados se tornam ainda mais populares entre os visitantes.
Não há buzinas, semáforos ou engarrafamentos.
A cidade ficou famosa ao aparecer em um jogo do SimCity, como modelo de cidade sem poluição sonora.
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Casas podem ser alugadas com vaga para barco, em vez de garagem.
O silêncio é tão valorizado que muitos barcos são elétricos para evitar ruído.
É um dos lugares mais fotografados da Holanda, principalmente durante a floração.
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Giethoorn mostra que é possível viver com harmonia, beleza e respeito ao meio ambiente.
Ali, o que guia a vida não é a pressa — é a água. Em vez de motores, ouve-se o som dos remos, dos pássaros e da natureza que abraça a vila.