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Turista brasileira é abusada por sete homens na Índia

Procurada neste domingo (3), a embaixada do Brasil em Nova Déli informou que ela e seu marido, o cidadão espanhol Vicente Ferraro, sofreram "um grave ataque criminoso"

Igor de Paiva

Publicado em 03/03/2024 às 18:11

Atualizado em 03/03/2024 às 19:05

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Caso aconteceu na última sexta-feira / Reprodução

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Uma brasileira foi vítima de um estupro coletivo durante sua estadia na Índia na noite da última sexta-feira (1º).

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Procurada neste domingo (3), a embaixada do Brasil em Nova Déli informou que ela e seu marido, o cidadão espanhol Vicente Ferraro, sofreram "um grave ataque criminoso" enquanto visitavam o país a turismo. O episódio ocorreu em Dumka, no estado de Jharkand, no nordeste.

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O setor consular não fornece detalhes sobre a agressão em respeito à privacidade das vítimas, mas informa que o casal recebeu atendimento médico, denunciou o crime às autoridades e identificou sete suspeitos.

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Sabia-se da prisão de três deles. Neste domingo, porém, o diretor-geral da polícia de Jhakhand, Ajay Kumar Sing, disse ao jornal The Indian Express que quatro já haviam sido detidos. "E os três restantes serão presos em breve", completou.

Segundo a imprensa local, as vítimas teriam caminhado após o crime em busca de agentes de segurança, até que encontraram uma van da polícia local e foram encaminhadas a um hospital da região.

Por volta de meio-dia deste domingo, o casal publicou um vídeo no Instagram agradecendo ao apoio que tem recebido e afirmando que a polícia está fazendo "todo o possível" e já tem nome e demais dados de todos os suspeitos.

"Não pensem que a Índia é assim", diz Ferraro. "É um grande país, e vale a pena visitar, com suas coisas boas e más."

Santos, nitidamente abalada, endossa: "Os indianos são boa gente. Nos deparamos com 'indesejáveis' que esperamos que morram na cadeia, mas a polícia está fazendo tudo o que pode."

Inicialmente, o casal gravou vídeos descrevendo o ataque e os publicou nas redes sociais. Mas as imagens foram posteriormente apagadas por recomendação dos policiais, segundo as próprias vítimas relataram em uma outra publicação temporária. Esta tampouco está disponível.

Eles contavam, segundo o jornal espanhol El País, terem sido atacados após montarem uma barraca para se abrigar. Ferraro também afirmou que os criminosos colocaram uma faca em seu pescoço para ameaçá-lo.

Nos vídeos divulgados, ambos apresentam feridas no rosto. "O que aconteceu conosco, nós não desejamos a ninguém", disse Santos. O casal viaja pelo mundo com suas motocicletas e atualmente passava uma temporada rodando países da Ásia.

A embaixada brasileira em Déli diz estar em contato com Santos e com as autoridades locais indianas e em coordenação com a embaixada da Espanha, que teria informado que ofertou ao casal toda a assistência consular disponível.

A Folha tentou contatar a embaixada espanhola, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. No X, a representação do país europeu compartilhou uma mensagem relacionada ao caso, na qual agradece o apoio recebido.

"Precisamos seguir unidos no nosso compromisso de eliminar a violência contra a mulher em todo o mundo", diz a breve publicação.

A Índia é considerada um dos países mais violentos para mulheres do mundo. Pesquisa conduzida em 2018 pela Fundação Thomson Reuters com 550 especialistas globais em questões de gênero apontou a nação asiática como a mais perigosa para violência sexual e trabalho sexual forçado, à frente de nações como Afeganistão e Síria, que vinham, respectivamente, em segundo e em terceiro lugar.

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